Esta quinta-feira ficou marcada pelo surgimento de mais um candidato às eleições presidenciais do Benfica, agendadas para outubro deste ano. Trata-se de João Noronha Lopes, gestor com formação jurista e que salienta ter desempenhado “um papel importante na salvação do clube no começo do século, como vice-presidente de Manuel Vilarinho”. Noronha Lopes junta-se, assim, a Luís Filipe Vieira, que já apresentou a recandidatura, assim como a Rui Gomes da Silva e Bruno Costa Carvalho, nomes que já apresentaram também a candidatura.
Noronha Lopes diz que está na hora de mudar de ciclo no Benfica e não quer adiar mais o Benfica europeu. “Chegámos ao fim de um ciclo no Benfica. É altura de decidir o que queremos para o futuro. A resposta é clara: ganhar. Ganhar em todos os campos e pavilhões. Um Benfica que põe a sua alma nos mesmos objetivos de quem o ama. De quem se arrepia a ouvir o hino e ver a águia pousar. De quem tem na cabeça uma única causa: ganhar. O negócio do Benfica é vencer jogos e os nossos maiores dividendos tem de ser os títulos. O Benfica não pode ser apenas visto como uma empresa, tem de ser mais do que isso. Temos de aliar a sustentabilidade financeira ao sucesso desportivo. Portugal não nos basta e sublinho a Europa”, numa cerimónia decorrida no Centro Cultural de Belém.
Quanto ao regresso de Jorge Jesus à Luz, Noronha Lopes considera que o treinador deve explicações aos sócios e adeptos encarnados, apesar de revelar que o ex-Flamengo continuará a ser o técnico do clube caso seja eleito. “Quando saiu do Benfica, [Jesus] teve comportamentos dos quais não gostei. Deve uma explicação aos benfiquistas e espero que o faça. É um grande treinador, é o treinador do Benfica e o meu treinador. O que não percebo é como pode ser o treinador de Vieira, quando foi empurrado por não caber no projeto e acusado de deslealdade. E Vieira disse que ele não voltaria ao Benfica..”, atirou o candidato à presidência das águias. “O futebol do Benfica tem de ser definido com plano estratégico de longo prazo, não em função de luzes ou calendários eleitorais. Jesus é inteligente, quer ganhar e em conjunto iremos ver a melhor forma de o Benfica vencer em Portugal e na Europa”, concluiu.
Por falar em Jesus, têm sido inúmeros os nomes apontados como pretendidos pelo novo treinador para o Benfica. Ora, o António Tadeia baseou-se em todo esse alarido de rumores para explicar, no Futebol de Verdade, o funcionamento do mercado nos jornais e televisões e como ele é complicado de trabalhar pelos jornalistas. Veja aqui a mais recente edição do FDV, que vai para o ar em direto de segunda a sexta-feira aqui no site e nas redes sociais, a partir das 12h30.
Já no Último Passe, o António Tadeia comentou o trabalho de Maurizio Sarri na Juventus e a forma de como se avalia um treinador de uma equipa que ganha sempre. As conclusões para ler aqui. A Juventus que desperdiçou a oportunidade de se sagrar campeã já nesta quinta-feira, ao perder por 2-1 na deslocação a Udine (veja aqui os golos). Ainda assim, o conjunto de Cristiano Ronaldo, que ficou em branco nesta noite, pode festejar o nono título consecutivo na sexta-feira, caso a Atalanta saia derrotada de Milão, ou então basta igualar o resultado do emblema de Bérgamo quando a Vecchia Signora receber a Sampdoria no domingo.
Esta quinta-feira contou apenas com jogos em Itália, mas os próximos dias vão ser pautados por duelos muito interessantes em Portugal (há dérbi lisboeta e confronto entre SC Braga e FC Porto), Taça de França (entre Paris Saint-Germain e AS Saint-Étienne) e Premier League. Saiba quais os jogos a não perder no habitual guia de fim de semana a ver a bola, à boleia do João Pedro Cordeiro.


Na Vila das Aves voltou a ser um dia com confusão à mistura. Os dois autocarros que pertencem à SAD do CD Aves, assim como outros bens no estádio, foram apreendidos pela Guarda Nacional Republicana, com base numa providência cautelar da construtora Engimov – empresa responsável pela construção do centro de estágios do Aves, entretanto parada – à Sociedade Anónima Desportiva dos avenses. De acordo com o que escreveram as principais publicações desportivas, foram penhoradas cadeiras, fotocopiadoras e secretárias. A GNR pediu que nenhum artigo fosse levado dos escritórios, mas os administradores da SAD liderada por Wei Zhao e gerida por Estrela Costa – acionista da Galaxy Believers – levaram alguns documentos. A Engimovi exige um pagamento superior a 400 mil euros, que diz estar em atraso de um investimento que estava apontado aos 3,6 milhões de euros. Por falar em Aves, Mato Milos foi, esta quinta-feira, o décimo jogador a rescindir contrato unilateralmente.
O Académico de Viseu chegou-se à frente na ajuda ao Aves e disponibilizou o próprio autocarro para o conjunto avense se deslocar a Portimão, de forma a realizar a última jornada da Liga Portuguesa no domingo. “Tendo em conta as últimas notícias nos jornais nacionais, o Académico de Viseu Futebol Clube coloca o seu autocarro à disposição do Clube Desportivo de Aves para a equipa realizar a deslocação a Portimão. Juntos pela verdade desportiva”, escreveu o emblema viseense nas redes sociais.
Esta questão do Aves tem mexido muito e Paulo Gomes, presidente do Vitória FC, veio a público frisar que a “verdade desportiva foi colocada em causa”. “Numa altura decisiva da temporada desportiva, há quem tente por todos os meios alcançar os seus objetivos, ignorando qualquer tipo de princípios ou valores que regem a credibilidade e a integridade da própria competição, com declarações que tanto pecam pelo desrespeito como pelo intuito desestabilizador das mesmas”, pode ler-se no comunicado do presidente sadino. Paulo Gomes recordou ainda o duelo entre o Aves e o Vitória da 31ª jornada, que terminou com triunfo avense. O presidente do emblema de Setúbal falou numa “postura clara de antijogo” da parte do Aves, assim como o facto de ter jogado com atletas que entretanto rescindiram e não poderão defrontar o Portimonense. Ora, o Vitória está na antepenúltima posição do campeonato, em zona de permanência, mas tem o Portimonense, em posição de descida, apenas a um ponto à entrada para a última jornada, na qual os algarvios recebem o Aves e os sadinos recebem o Belenenses SAD.
No que toca ao FC Porto, Marchesín abriu o livro e falou sobre as comemorações do título, assim como da responsabilidade de suceder a Casillas na baliza azul e branca. Relativamente aos festejos, o guardião argentino revelou que foram algo “estranhos” tendo em conta os tempos de pandemia de Covid-19. “Foi estranho, por tudo o que estamos a viver. Estar longe da família, a minha esposa e o meu filho nem puderam ir ao relvado. É uma situação estranha e difícil para todos. Mas valeu a pena. O título é uma prenda para a família, de certa forma. As pessoas do Porto portaram-se muito bem connosco. Deram material para treinar quando estivemos parados e até a lista do supermercado enviavam para ajudar-nos. Estávamos em dívida com eles”, disse Marchesín à Tyc Sports.


Quanto a Casillas, Marchesín voltou a elogiar aquele que tem como ídolo. “Claro que isso foi muito difícil (substituir Casillas). Cheguei a dizer ao Iker, é o meu ídolo. Quando era pequeno estava sempre a ver vídeos dele, foi o guarda-redes do melhor Real Madrid da história. Era alguém que admirava muito, tornei-me guarda-redes por causa dele. Uma das primeiras convocatórias para a seleção foi contra a Espanha, no Estádio Monumental. Ainda agora estive no almoço de despedida dele. São coisas que estavam muito distantes, e de repente estou a vivê-las.”
No Sporting, foi Mathieu a deixar considerações sobre a carreira. Apesar de ter conquistado uma Liga dos Campeões no FC Barcelona, o francês confidenciou que a Taça de Portugal pelo Sporting foi o melhor troféu que venceu. “O jogo contra o FC Porto foi o mais importante da minha carreira. Esse troféu foi o melhor que ganhei”, referiu ao jornal do Sporting. Mathieu salientou ainda que a decisão de pendurar as chuteiras foi “definitiva, ainda que o Sporting me tenha perguntado se queria ficar mais um ano”. O francês revelou ainda tristeza por não ter podido terminar a carreira em pleno relvado. “Fiquei triste. Fui para o balneário chorar porque, efetivamente, sabia que era o fim.”
Já Coates mostrou-se orgulhoso por chegar à marca dos 200 jogos com a camisola do Sporting e aponta baterias à próxima meta… a dos 250 encontros. “É um orgulho jogar num clube tão importante no mundo do futebol. Nunca mudei a minha forma de fazer as coisas, mas agora temos jogadores muitos novos. Quando comecei, havia sempre jogadores que me marcavam o caminho. Agora cabe-me a mim fazer isso”, disse o central uruguaio ao jornal do Sporting. Coates considera que os mais jovens leões têm muito para trabalhar e reconheceu a qualidade. “Apesar de terem muita qualidade, ainda têm muito para crescer. Estão a fazer os primeiros jogos e as coisas têm corrido muito bem, por exemplo ao Eduardo Quaresma, assim como a toda a equipa. Vivem-se coisas muito boas [no futebol], mas também muito más e isso é bom para crescerem. Espero que continuem a trabalhar como têm feito até agora.”
Da defesa para a baliza, Svilar tem muitos pretendentes. Pelo menos assim o diz Ratko Svilar, pai do guarda-redes, que revelou haver três clubes portugueses interessados no belga, assim como equipas holandesas e do próprio país de origem. “O Benfica acredita muito nele e não o quer vender. Pelo contrário, pretende renovar-lhe o contrato especialmente se for emprestado. O Mile [Svilar] tem de jogar, só assim ganhará experiência. Há três equipas portuguesas que o querem, mas também há interesse da Bélgica e da Holanda. Só quero que ele seja feliz e que jogue. Se não for aqui, noutro sítio qualquer. Mas o Mile adora o Benfica”, referiu em declarações ao Het laatste nieuws.
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