Marcou a atualidade nos últimos dias e hoje parece ter sido colocado um ponto final no assunto OPA/Benfica, com a CMVM a anunciar ter terminado a suspensão da negociação das ações do clube da Luz. “O Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) deliberou, nos termos do artigo 214º e da alínea b) do n.º 2 do artigo 213º do Código dos Valores Mobiliários o levantamento da suspensão da negociação das ações da Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD, na sequência da divulgação de informação relevante”, pode ler-se em comunicado emitido pela entidade. A OPA do Benfica à SAD do clube que foi alvo de reflexão do António Tadeia no Último Passe de hoje.
Segundo Marafona, antigo guardião do SC Braga e, entretanto, ao serviço do Alanyaspor, foi Abel o responsável pela sua saída do emblema minhoto. Ainda assim, Marafona garante não ter guardado qualquer rancor: “Simplesmente, já o disse anteriormente, o treinador não gostava de mim e eu não gostava dele e quando assim é, torna-se mais difícil. Não havia relação. Não era uma situação fácil. O presidente [António Salvador] chegou a dizer-me que a única pessoa que não me queria no SC Braga era o Abel. A partir daí, caminhos diferentes”, afirmou em entrevista ao Mais Futebol.
O guardião português abriu ainda o jogo para explicar um pouco do contexto que se vai vivendo na Turquia em relação ao coronavírus: “Vamos voltar a treinar, mas não o grupo todo. Três ou quatro numa hora, três ou quatro noutra. Para eles quererem treinar, estou a dar a minha opinião, é porque sentem que a Liga (TFF) não tem muita vontade de parar. Espero que não, mas acredito que se tiverem possibilidade de prosseguir com o campeonato, na minha opinião, vão prosseguir. É a minha opinião, acho que eles não querem parar. A preocupação é geral. Não sei o que vai acontecer” afirmou na mesma entrevista.
Depois de Abel, já passaram pelo SC Braga Sá Pinto e Rúben Amorim, sendo agora Custódio o treinador arsenalista. O antigo médio do clube, em conversa com os jornalistas, hoje, explicou um pouco daquela que foi a postura do clube em relação ao coronavírus: “É natural que haja ansiedade, mas temos de passar aos jogadores que sejam responsáveis, e que fiquem em casa. Não adianta às dez horas ir à janela bater palmas e depois não ficar em casa, temos de ser um apoio muito grande para os profissionais de saúde. Os jogadores têm noção do que estamos a viver e têm cumprido todas estas normas de forma excecional. A verdade é que pelo que vi nas notícias um jogo entre a Atalanta e o Valência acabou por ser um problema maior naquela zona de Itália. Não sei se acabamos por parar no tempo certo, mas antecipamos comportamentos e isso foi fundamental, penso eu”.
Com o futebol parado vive-se tempo de reflexão e este é o momento certo para ir a fundo de algumas questões que vão fazendo parte da atualidade futebolística. Uma delas passa por entender a ascensão da Noruega nos tempos mais recentes, país que deu a conhecer três dos mais promissores futebolistas mundiais e que no futuro podem muito bem vir a ser os Ronaldos e Messis da sua geração. Aliando a evolução desportiva à genética, a Noruega está a montar uma máquina de futebol praticamente perfeita e analisei essa questão aqui.
Mais ao centro da Europa, na Alemanha, o futebol só deve voltar em maio. Pelo menos é essa a convicção de Thiago Alcântara, médio espanhol do Bayern Munique: “Há expectativas de que, em meados de maio, regresse a Bundesliga. É a previsão, mas daí até acontecer há um longo período pela frente. O adiamento dos Jogos Olímpicos é uma medida importante e acertada. Há que priorizar a saúde dos envolvidos. Com o pouco domínio que temos do vírus, é um momento de sobrevivência. Todos os que estamos nesta bolha do desporto humanizamo-nos mais”, afirmou.
É uma teoria que vem sendo veiculada nos últimos dias e hoje foi o próprio presidente da câmara municipal de Bergamo a avançar com ela. Segundo Giorgio Gori, o jogo entre Atalanta e Valência CF foi uma “bomba biológica”. “Nesse momento não sabíamos o que se passava. O primeiro paciente em Itália foi identificado a 23 de fevereiro. Se o vírus já circulava, os 40 mil adeptos que estiveram no estádio de San Siro foram contagiados. Ninguém sabia que o vírus já circulava entre nós. Muitos foram ao jogo em grupos e nessa noite houve muitas aglomerações de pessoas. O vírus andou a circular. Apesar disso, não se pode justificar tudo com o jogo. A verdadeira faísca foi aquela que houve no hospital Alzano Lombardo, com um paciente que tinha uma infeção pulmonar não reconhecida e que contagiou outros pacientes, médicos e enfermeiros. Esse foi o foco onde começou o resto”, afirmou em entrevista à Marca.
Quem está debaixo de fogo por questões relacionadas com a postura em relação à Covid-19 é Cristiano Ronaldo, depois do internacional português ter sido especialmente focado pelo antigo presidente da Juventus, Giovanni Cobolli Gigli. “Criticar agora é fácil, mas, visto de fora, não percebo por que razão alguns jogadores quiseram sair de Itália. Quando regressarem será mais difícil voltarem a recuperar a forma, porque vão ter de ficar 14 dias de quarentena. A coisa na Juventus complicou-se quando Cristiano Ronaldo se foi embora. O Ronaldo disse que foi [para a Madeira] por causa da mãe, mas agora só aparece a tirar fotos na piscina. Quando se abriu a exceção para Ronaldo, a situação descambou e outros quiseram ir embora. Não devia ter sido assim. Deviam ter ficado todos de quarentena”, atirou em entrevista à rádio Punto Nuovo.
Corrosiva foi a entrevista de Fabregas a um blog de apoio ao Arsenal. Segundo o médio espanhol, faltou mentalidade competitiva nos Gunners e que isso foi determinante para a sua saída rumo ao FC Barcelona. “Jogávamos um futebol bonito, gostava dessa parte. Mas era capitão e metia imensa pressão em cima de mim. Aquela equipa tinha de ganhar alguma coisa, e eu dei tudo por isso. Sempre que perdíamos, chegava a casa e chorava, mas ia no autocarro e via alguns dos meus colegas no autocarro, a rir e a combinar onde iam sair à noite. Chegou a uma altura em que me sentia só neste sentimento de ganhar. Se não fossem as atitudes de alguns colegas, especialmente nos últimos dois ou três anos, teria ficado no Arsenal. Apenas o Van Persie e o Nasri estavam ao meu nível em termos mentais e técnicos. Não é arrogância, era mesmo isso que sentia”, explicou.
Já Neuer explicou porque os jogadores do Bayern Munique aceitaram reduzir os seus ordenados durante o momento que se vai vivendo: “Temos uma profissão particularmente privilegiada, portanto é evidente que tenhamos aceitado esta baixa salarial neste caso de necessidade. O Bayern tem cerca de mil funcionários e muitas outras pessoas em redor do clube que têm tarefas importantes. Quisemos ajudar para que o clube tenha condições de lhes oferecer alguma segurança”, afirmou à imprensa alemã. Um exemplo entretanto seguido pelos jogadores do Union Berlim tal como o clube anunciou nas suas redes sociais.