As consequências financeiras da pandemia de Covid-19 fazem-se sentir no Sporting com o lay-off a entrar em ação. Para além disso, também o pagamento de Rúben Amorim esteve em foco neste dia. Ora, depois de ficar acordado com o plantel principal de futebol uma redução do salário, Frederico Varandas, presidente dos leões, informou nesta quarta-feira os trabalhadores do clube que vão entrar em regime de lay-off. As medidas têm o primeiro prazo de 30 dias, que poderá ser renovado após o final do mesmo.
Através do comunicado enviado neste dia à CMVM, o Sporting confirmou que aplicará o regime de lay-off a “cerca de 95% do universo dos trabalhadores dependentes e independentes”. “As referidas medidas têm por objetivo reduzir os custos fixos da Sporting SAD e juntam-se a outras já adotadas, como, a redução salarial dos membros do Conselho de Administração em 50%, a redução salarial dos jogadores e da equipa técnica do futebol profissional em 40%, a redução de custos operacionais (FSE), o corte de despesas acessórias e a suspensão ou adiamento de investimentos não críticos. A Sporting SAD estima, com base na informação disponível à data de hoje, que a implementação de tais medidas excecionais e temporárias tenha como impacto uma redução da rúbrica de custos com pessoal correspondente a cerca de 40%, durante o período aplicável”, pode ler-se ainda.
Ainda nesta quarta-feira, toda a imprensa portuguesa deu também conta de que o Sporting falhou o pagamento da primeira prestação pela aquisição de Rúben Amorim ao SC Braga no valor de cinco milhões de euros. A quantia deveria ter sido paga até 6 de março, um dia após a apresentação do técnico no emblema leonino. A esse valor acrescem 2,3 milhões de euros de IVA, mais uma percentagem de juros. A segunda prestação, também de cinco milhões de euros, deverá ser liquidada até 5 de setembro.
Não só o Sporting, mas todo o futebol terá problemas graves para lidar no que diz respeito a questões económicas. No Último Passe desta quarta-feira, o António Tadeia tentou explicar como será processado o regresso do futebol e também há que ser “razoável” quando isso acontecer. Para ler aqui.
No FC Porto, Alex Telles comentou a atual temporada e a veia goleadora que tem vindo a demonstrar e surpreender muitos. “Sinto-me um pouco estranho [por ter tantos golos], não é normal o lateral ser o melhor marcador. Fico orgulhoso e feliz pelo meu trabalho, mas os golos não são só êxito meu, mas de todos. É inédito para mim ter dez golos numa época, é especial”, disse o lateral brasileiro em conversa no programa ‘FC Porto em casa’.
Alex Telles considera que ainda tem muito por melhorar no repertório. “Eu procuro sempre a perfeição. Estou longe disso, mas evoluo todos os dias. Faltava fazer a diferença com os golos. A responsabilidade é grande nos penáltis, muitos jogos decidem-se aí. Deram-me confiança e o gosto por marcar golos. O treinador cobra-me sempre essa chegada à frente. O míster sempre disse que bastava ler melhor o jogo e estar concentrado para rematar mais e assistir. Tenho crescido muito nesse aspeto, de acreditar e conseguir acompanhar as jogadas para fazer a diferença.”

Ainda no FC Porto, Herrera, agora jogador do Atlético Madrid confidenciou que tem assistido aos clássicos entre os dragões e o Benfica com Felipe e João Félix, colegas de equipa nos colchoneros. “Quando vejo os jogos do FC Porto fico nervoso. Os clássicos vi com o Felipe e com o João [Félix]. Neste tempo ganhámos os dois e temos dado porrada ao João. Fico muito feliz quando ganham e fico chateado quando perdem. Tenho muito carinho pelo clube e por muitas pessoas que estão aí”, salientou também no programa ‘FC Porto em casa’.
Já que se fala também no Benfica, Jonas fez igualmente uma viagem ao passado, mais precisamente às águias com Jorge Jesus no comando técnico e destacou que era difícil os encarnados perderem nessa altura. “Foi o treinador [Jesus] que me quis no Benfica, junto com o Rui Costa. É um treinador por quem tenho muito carinho, trocamos muitas mensagens. Trabalhei um ano com ele, é gente boa. Cobra muito, quanto mais ganha, mais ele cobra. E, por incrível que pareça, quando perdíamos, porque no Benfica era difícil perder com ele, ele ficava mais tranquilo. Aprendi muito com ele, durante a semana faz treinos diferenciados. Em Portugal ele é rei, todos gostam dele, é idolatrado”, apontou o ex-avançado brasileiro ao programa ‘Donos da Bola’, do Brasil.
Ainda no futebol português, Ivo Vieira tem o futuro incerto, após ter desvendado que o Vitória SC não fez proposta para renovar contrato e o vínculo termina no fim da época. Assim, aproveitámos para traçar um perfil do técnico madeirense de 44 anos, que é caracterizado por quem treinou como um ‘fanático’ pela pressão, posse de bola e um futebol de ataque com riscos. Uma reportagem para ler aqui.
A partir de Manchester, Bruno Fernandes aproveitou para frisar que as únicas camisolas vermelhas que irá vestir na carreira serão a do United e da Seleção Nacional. “O vermelho agora é a minha vida. Se me perguntasses há dois meses, provavelmente diria que não, só pela metade, porque jogava no Sporting e sabes do dérbi com o Benfica. Mas já disse aos meus colegas do Sporting, aos amigos e adeptos do Sporting que o único vermelho que usarei é o do United e o da Seleção”, disse o médio em resposta a um adepto no site do Manchester United.

De Inglaterra chega também uma história que impressiona e dá esperança em tempos de pandemia. Matthew Longstaff é o nome do momento. O jovem de 20 anos do Newcastle anunciou que vai doar cerca de 30 por cento do salário para um fundo de combate à Covid-19. Embora possa parecer que não é assim tão surpreendente, o ‘Express’ avança que Longstaff aufere quatro mil euros por mês, o que faz dele o jogador com o salário mais baixo em toda a Liga Inglesa.