Um Benfica repleto de segundas figuras, com apenas um titular habitual no onze, fez o suficiente para eliminar a USC Paredes na terceira eliminatória da Taça de Portugal, graças a uma magra vitória por 1-0. O golo de Samaris, ainda na primeira parte, marcado de cabeça após livre de Cervi, foi o ponto alto de um jogo pobre, em que a equipa do Benfica mostrou falta de inspiração ofensiva e os donos da casa raramente transpuseram, sequer, a linha do meio-campo, preocupando-se sobretudo em anular o ataque encarnado.
Jorge Jesus apostou num onze quase totalmente alternativo, onde couberam Pizzi e três jogadores que ainda nem um minuto tinham feito na equipa principal (o guarda-redes Helton Leite, o lateral João Ferreira e o avançado Ferreyra). Do outro lado, Eurico Couto organizava a equipa em 5x4x1, apostando no preenchimento do espaço central, mas não vendo a sua equipa ser capaz de passar à fase ofensiva. Assim sendo, acabou por ser normal que as situações de perigo decorressem todas junto à baliza de Marco Sousa.
Ferreyra, aos 5′, atirou sobre a barra. Gonçalo Ramos, aos 16′, soltou-se bem para rematar, mas viu a bola passar ao lado. Pizzi, aos 19′, forçou a primeira defesa da noite a Marco Sousa, mas num remate em que deu mal na bola e esta ainda amorteceu num defesa local. E aos 26′ apareceu o golo. Foi num livre lateral, na esquerda. Cervi cruzou e Samaris saltou mais alto que toda a gente, colocando a bola rasteira, mesmo junto ao poste esquerdo da baliza do USC Paredes. Pode ver aqui o golo:
Só depois do 0-1, a equipa da casa se soltou um pouco mais, ainda que o jogo tenha continuado a ver sinal mais do Benfica. Ainda assim, aos 37′, Ismael obrigou Helton Leite à primeira defesa da noite. Respondeu o Benfica, com um cabeceamento de Ferreyra, que Marco Sousa também deteve, aos 38′, e com um segundo livre estudado, que quase deixava Cervi isolado na cara do guarda-redes. O argentino, porém, dominou mal a bola, e permitiu que o guardião adversário se lhe antecipasse.
A segunda parte começou mais equilibrada e a primeira situação perigosa até sucedeu na baliza do Benfica, quando Helton Leite deteve um cabeceamento de Madureira, após livre de Tó-Jó (aos 46′). Cervi teve depois a oportunidade de fazer o 0-2, mas viu o guardião adversário segurar em cima da linha um remate cruzado, aos 56′. O Benfica já extinguira a chama ofensiva com que a equipa da casa viera para a segunda parte e, para a renovar, Eurico Couto chamou então ao jogo João Rafael, que foi colocar-se na esquerda, à frente de Bangoura. Mas era o Benfica quem estava por cima. Jardel, após um canto, cabeceou ao lado, aos 62′. Gonçalo Ramos chutou também para fora, aos 64′.
Jorge Jesus optou então por transformar o 4x4x2 num mais conservador 4x2x3x1, fazendo sair os dois avançados (Ferreyra e Gonçalo Ramos) para as entradas do ponta-de-lança Daniel dos Anjos e do extremo Tiago Araújo, que foi para a direita, derivando Pizzi para o corredor central. O jogo entrava na fase decisiva, em que um erro podia acabar com a disputa ou forçar a que se jogasse um prolongamento. Nessa perspetiva, pareceu ter arriscado tarde o técnico da casa, que fez três substituições aos… 89 minutos. Ao mesmo tempo, Jesus reforçou a linha mais recuada, fazendo entrar um terceiro central (Morato) para o lugar de João Ferreira. E não houve 0-2 nem 1-1. O Benfica segue assim para a próxima eliminatória.
Veja aqui os lances principais do jogo:
Outros resultados já disponíveis nesta 3ª eliminatória da Taça de Portugal (a negrito as equipas apuradas): AR Oleiros (CDP)-Gil Vicente(I), 0-0 (2-4 nas gp); Feirense (II)-Amora FC (CDP), 0-1; UD Leiria (CDP)-Portimonense (I), 1-0; Oriental Dragon (CP)-Leixões (II), 0-0 (3-4 nas gp); Oriental (CP)-FC Famalicão (I), 0-3; CDC Montalegre (CDP)-Académico Viseu (II), 2-3; Fabril (CDP)-FC Porto (I), 0-2; Marinhense (CDP)-CD Cova da Piedade (II), 1-1 (3-5 nas gp); FC Arouca (CDP)-Vitória SC (I), 0-0 (6-7 nas gp); Trofense (CDP)-SC Braga (I), 1-2.
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