Um desastre! Um misto de incompetência, falta de inteligência, de qualidade, de experiência e de sentido da realidade levou à eliminação das quatro equipas portuguesas nos 16 avos de final da Liga Europa com apenas uma vitória em oito jogos. Este é o dia em que alguns vão insurgir-se contra o estado geral do futebol português e outros vão lembrar que este ano até ganhámos um lugar à Rússia no ranking e vamos voltar a meter mais uma equipa na Liga dos Campeões a partir de 2021. E esses são os que ainda conectam os neurónios, porque a maior parte dos que discutem futebol já estão preocupados é com o VAR do próximo fim-de-semana ou com a melhor forma de assegurar um status-quo que reduz a nossa competitividade ano após ano no plano internacional.
Não me venham com tretas do ranking da UEFA. O ranking é mal feito, estou cansado de o dizer e de o explicar, que é uma coisa cíclica, que o país de segundo escalão que mete mais uma equipa na Champions acaba inevitavelmente por se deixar ultrapassar ao fim de um par de anos, porque o ponto ali é mais caro do que na Liga Europa. Portugal ultrapassou a Rússia da mesma forma que a Rússia já tinha ultrapassado Portugal – é a isso que o sistema convida. E não me gastem o tempo nem a paciência também com a honra que era ser a nação mais representada nestes 16 avos de final da segunda competição europeia, porque a verdade é que os nossos clubes vão estando enquanto não é necessário competir mas fracassam assim que as dificuldades começam. Porque é a isso que estão habituados numa realidade nacional que reduz a competição promovendo a supremacia dos que têm mais adeptos nos debates e, sobretudo, na distribuição de receita.
Os clubes portugueses tiveram neste sorteio o azar de ver calhar as duas equipas que eram mais acessíveis às nossas duas equipas mais fracas e os dois adversários “de Champions” às equipas mais apetrechadas, mas a verdade é que nenhum dos quatro esteve à altura. O SC Braga desperdiçou uma vantagem de 2-0 conquistada fora, porque Steven Gerrard, técnico do Rangers, percebeu a meio do primeiro jogo onde estava o espaço e não mais deixou de o explorar, acabando por ganhar a eliminatória por um agregado de 4-2. O Sporting chegou a estar 3-0 à frente da eliminatória face a um Istambul Basaksehir que era acessível a qualquer equipa minimamente competitiva e preparada, mas que fez o que quis perante um grupo de jogadores incapaz de entender as diferenças entre gestão de jogo e adormecimento passivo e se impôs por 5-4. Basta, aliás, ver a forma como os leões acordaram após o 2-0 na Turquia, marcaram e passaram a ter domínio sobre o jogo, mas apenas até ao momento em que se decidiram por voltar a gerir.
Mais preocupantes, contudo, foram os casos de FC Porto e Benfica, porque foi aí que se notou a diferença entre as nossas melhores equipas e dois onzes que lutariam por não descer numa qualquer Superliga europeia. A diferença entre um FC Porto que é top em Portugal e um Leverkusen que até está num bom momento na Alemanha mas caiu da Champions foi abissal e – sobretudo na primeira mão – não devidamente refletida em golos. A diferença entre um Benfica que lidera a nossa Liga, na qual só perdeu pontos em três dos 22 jogos que fez, e um Shakthar Donetsk que nem vem de um campeonato de topo, que encontra a mesma falta de competitividade na Ucrânia que os maiores em Portugal e que ainda por cima está a regressar de dois meses de pausa competitiva foi apenas e só preocupante, porque reflete a flagrante incapacidade para os nossos clubes subirem o nível, de tão pouco habituados estarem a ter pela frente adversários competitivos.
O descalabro desta semana europeia devia levar quem manda a tomar medidas urgentes para requalificar todo o edifício do futebol português, desde a definição dos quadros competitivos à distribuição de receitas e à regulamentação das inscrições de jogadores e dos emprestados. Mas a Europa só volta em Agosto. Para já, o que importa são o VAR e as Ligas da Verdade, as newsletters e os trocadilhos criativos para mostrar que o rival é que rouba e nós somos sempre roubados ou a contabilização de quem tem mais racistas e quem foi mais vezes vítima de racismo. O que importa é ser campeão a qualquer custo, é subir um lugar na hierarquia, mesmo que no fundo ninguém de Badajoz para lá faça a mínima ideia do que estamos a falar.
É tudo verdade Antonio.
O futebol português só pensa em três equipas o resto é fantasia .
1 acabar com as equipas b para se poderem canalizar esses jogadores para as outras equipas com emprestimos pq assim sim os jogadores crescem e aprendem com os erros se nos lembrarmos de grandes jogadires pirtugueses que estiveram emprestados e voltaram há casa mãe muito mais fortes jorge costa rui costa petit sergio Conceição e muitos mais pq nessa altura o campeonato era mais competitivo havia equipas que tinham a sua identudade o farense o salgueiros e o boavista manter jogadores na equipa b atrasa a sua formação pq continuam confortaveis se errares podes errar outra vez es filho da casa .
A primeira liga devia ter 16equipas
A segunda liga 24 divididas por 2 grupos de 12 .
Manter a taça da liga mas sem grupos .
A taça de portugal sem jogos a duas mãos .
Os jogadores emprestados poderem jogar contra a casa mãe, cada clube poder emprestar 2 jogadores a cada equipa do mesmo escalão.
Pagar premios de classificacao até ao sexto lugar
1 liga descem 4 equipas
2 liga descem 4 equipas e sobem 4 apuramento destas 4 .
Campeão o vencedor do grupo A joga com o vencedor do grupo b quem ganha passa para a primeira liga o derrotado joga um playoff com mais três equipas para apurar as três equipas que se juntam ao campeão. O playoff de descida realiza-se entre as três piores equipas dos dois gupos ou seja 6 equipas para descerem 4 .