Foi um dos momentos que mais emoção despertou na história do futebol português e recordado neste dia por alguém que o viu a partir do banco de suplentes, uma recordação de tempos mais felizes. Luiz Felipe Scolari, ex-selecionador nacional lembrou o momento célebre do Euro 2004 no qual Ricardo tirou as luvas para defender o penálti decisivo contra a Inglaterra, da autoria de Vassell, e depois ainda deu o triunfo. “Não fazia ideia do que é o Ricardo estava a fazer. Não percebi e toda a gente no banco estava perplexa. Não sei se foi alguma coisa para mexer com a cabeça do adversário, ou um feeling que ele teve. Mas tirou as luvas, defendeu um penálti e depois ainda foi marcar o penálti da vitória… Às vezes como treinador tens de deixar os jogadores tomar decisões”, começou por lembrar Scolari em entrevista ao ‘The Guardian’. De recordar que a equipa das quinas eliminou os ingleses nos quartos de final da prova que teve lugar no nosso país.
O técnico brasileiro viajou ainda até ao Mundial de 2006, onde Portugal também eliminou a Inglaterra nos ‘quartos’ através do desempate por grandes penalidades. Scolari recordou que os britânicos tentaram contratá-lo antes da prova, razão pela qual esse triunfo teve um sabor especial. “Abordaram-me para assinar contrato antes do Mundial-2006, mas recusei. Ia ser uma situação estranha para mim. Era o selecionador de Portugal, mas tinha contrato assinado com outro país. Não podia ser.” Scolari ficou ao leme de Portugal até ao Euro 2008.
Em termos de futebol nacional, ficou a saber-se nesta segunda-feira de que o Milan tentou adquirir Florentino no mercado de inverno, mas o Benfica não aceitou. Quem deixou a revelação foi Bruno Carvalho Santos, o empresário do jovem médio. “Foi uma escolha do Benfica, que respeitamos. O Benfica acredita muito no Florentino, e também por isso fixou uma cláusula de rescisão de 120 milhões de euros. Faz parte do projeto do clube”, referiu o agente em declarações ao ‘calciomercato’. Ainda questionado sobre a possibilidade de retomar as negociações com os italianos na próxima janela de transferências, Bruno Carvalho Santos frisou a incerteza que paira no desporto rei com a pandemia de COVID-19.
Com os jogadores de quarentena e a treinar em casa, Marchesín aproveitou para reiterar a ambição do FC Porto quando se der o regresso à competição. “Sinto falta dos treinos, de estar com os colegas de equipa, mas estou a treinar e a aproveitar ao máximo para voltar na melhor forma possível. Vamos voltar com a ambição que sempre nos caracterizou”, escreveu o guardião nas redes sociais. O argentino explicou ainda como tem sido o dia-a-dia. “Treinar sozinho em casa é muito diferente. Mas dá para aproveitar com o meu filho e com a minha esposa. Para o ajudar a passar o tempo tento integrá-lo no trabalho, assim passo mais tempo que ele, que está a estranhar o facto de estar longe dos amigos.”
Embora o futebol esteja parado, o desejo de ser campeão não vai embora e é precisamente esse o caso de Battaglia, que salientou tal motivação para erguer o troféu com a camisola do Sporting. “A minha ideia é voltar à seleção argentina, além de ser campeão em Portugal com o Sporting. Estou realmente agradecido por viver do que amo e por estar num clube importante da Europa”, disse o médio em entrevista à agência ‘Télam’, da Argentina. Battaglia comentou ainda a paragem nas competições, considerando que “o mundo não estava preparado para este vírus. A paralisação do campeonato prejudica todas as equipas, não só a nós [Sporting] em particular. (…) É uma paragem muito rara, porque todas as competições continentais e de seleções também foram adiadas.”
Destaque ainda para Matheus, guarda-redes do SC Braga que concluiu o processo de naturalização para ser cidadão português, pelo que já pode ser chamado à Seleção Nacional. Embora assuma que “qualquer jogador sonha em jogar pela seleção”, o guardião disse que esse não foi o principal motivo. “Tenho a alegria imensa de ser português. Já me sentia português mas não tinha o documento na mão. Vejo a situação mais pela vantagem de ser português, ter os meus direitos e deveres, poder no futuro investir no país e abrir negócios. Claro que depois há uma consequência e todo o jogador tem o sonho de chegar à Seleção e tenho esse privilégio, como português, de poder representar a seleção do meus país”, referiu em videoconferência.
Uma das consequências de COVID-19 no futebol tem sido a redução de salários que afeta vários clubes e Messi anunciou neste dia que os jogadores do FC Barcelona vão baixar o salário em 70 por cento. O internacional argentino deu ainda conta de que os futebolistas da equipa vão ajudar com contribuições de forma a que os funcionários do clube continuem a receber os ordenados por completo. Na publicação, Messi apontou ainda o dedo à direção dos catalães.

“Muito foi escrito sobre a equipa principal do Barcelona no que diz respeito aos salários dos jogadores. A nossa vontade sempre foi de aplicar uma redução do ordenado que recebemos porque entendemos perfeitamente que se trata de uma situação excecional e somos os primeiros que SEMPRE ajudámos o clube quando nos pediram. Inclusive, fizemo-lo por iniciativa própria, noutros momentos que considerámos importantes ou necessários. Por causa disto, não deixa de nos surpreender que dentro do clube houvesse quem nos quisesse meter debaixo de olho e colocar-nos pressão para fazermos algo que para nós sempre foi claro que faríamos. Foi porque simplesmente se estava a procurar uma fórmula para ajudar o clube e os funcionários”, escreveu Messi.
Outra das complicações geradas pela COVID-19 tem por base os direitos televisivos dos jogos, com os operadores a começarem a ‘fechar a torneira’ e não quererem pagar por partidas que não se realizam. O António Tadeia analisou esta situação no Último Passe desta segunda-feira (tal como pode ler aqui) , assim como poderá vir a afetar os clubes nacionais.
Em Portugal, várias personalidades do mundo do desporto rei ajudaram na doação de 150 mil máscaras de proteção individual para o Hospital de Santo António, no Porto. A iniciativa teve por base Jorge Mendes e englobou ainda nomes como André Silva, Bernardo Silva, Bruno Lage, Cristiano Ronaldo, Diogo Jota, Dyego Sousa, Gonçalo Guedes, João Camacho, João Cancelo, João Félix, João Moutinho, Jorge Mendes, José Mourinho, Luís Correia, Nélson Semedo, Nuno Espírito Santo, Pepe, Pizzi, Pedro Neto, Renato Sanches, Ricardo Carvalho, Rui Patrício, Rúben Dias, Rúben Neves, Rúben Vinagre e Valdir Cardoso.
Neste momento de incertezas e preocupações, o CIES (Observatório do Futebol Europeu) publicou um estudo a prever quedas significativas no valor de mercado dos jogadores das Big-5. As condicionantes são de que nenhum encontro se realize até ao fim de junho e que nenhum contrato seja renovado até ao término desse mês também. O CIES aponta, assim, que em termos globais o valor de mercado dos jogadores desses cinco principais campeonatos (Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e França) diminua em 28 por cento – uma desvalorização de 32,7 mil milhões de euros para 23,4 mil milhões, com o Manchester City a ser o mais prejudicado (desvalorização de mais de 400 milhões de euros).

Já que se fala em transferências, a FIFA vai proibir os proclamados ‘negócios-ponte’. Com início no próximo mercado de transferências, deixa de ser possível adquirir um jogador e emprestá-lo ou vendê-lo no espaço de quatro meses. Um dos intuitos é que um futebolista não seja transferido duas vezes na mesma temporada, o que pode levar a castigos aplicados pelo organismo que rege o futebol mundial.
Em Inglaterra já está definido que as ligas não profissionais ficam anuladas nesta época, devido à pandemia de COVID-19, medida que foi já protestada por 64 clubes. A considerarem que foi uma decisão “precipitada e inexplicável”, as equipas em questão pedem à federação inglesa que pense no assunto através de um “diálogo construtivo”. “Pedimos que a FA reconsidere a sua decisão e que abrande este processo. (…) Seja feita uma consulta com as ligas e os clubes atingidos, antes de se decidir avançar com soluções finais. Estamos disponíveis para colaborar a encontrar uma solução justa que permita manter a integridade da pirâmide do futebol inglês neste período de adversidade nacional”, pode ler-se na carta onde se destaca ainda as diferenças de tratamento em relação aos campeonatos profissionais do país.
Em Espanha, a imprensa aponta 27 de junho como a data limite para o reatar das provas. A ‘Marca’ avança que os clubes consideram irrealista começar no fim de abril ou início de maio e que definiram o término de junho. Assim, teriam de ser disputadas três jornadas a cada sete dias, com o qual os clubes estão de acordo, segundo diz a publicação. Caso se confirme, as partidas serão disputadas à porta fechada.
Se quiser ficar a saber quem é a figura mais importante da revolução do futebol alemão após o falhanço da seleção no Europeu de 2000, decore o nome Helmut Gross. Apesar de nunca ter treinado uma equipa a nível profissional, foi a parceria que fez com Ralf Rangnick que tornou o futebol germânico naquilo que é hoje. O João Pedro Cordeiro conta-lhe toda a história aqui.