Em destaque nesta sexta-feira está a revelação feita por Jorge Nuno Pinto da Costa, de que José Mourinho quis voltar ao FC Porto para meia época em 2016, mas não o fez pois já se tinha comprometido com o Manchester United e os ingleses não o permitiram. Com o treinador português a rumar aos red devils no início da temporada seguinte, o clube inglês não o deixou suceder a Julen Lopetegui e concluir a época 2015/16. José Peseiro foi então o técnico escolhido para dirigir os destinos dos azuis e brancos.
“Há uns anos, quando ficámos sem treinador a meio da época, abordei o Mourinho, que entretanto tinha assinado com o Manchester United, mas só ia começar na época seguinte. Perguntei-lhe se podia acabar a época e ele aceitou, disse logo que sim. Não foi possível, mas não foi por ele. O United não autorizou com o argumento de que estávamos na mesma competição europeia [Liga Europa] e poderíamos ser adversários… Muita gente ignora que, sem colocar qualquer condição, o Mourinho estava disposto a fazer meia época numa emergência”, confidenciou o presidente dos dragões no programa ‘FC Porto em casa’, esta sexta-feira.
Apesar de o futebol estar parado e sem data de regresso oficial devido à pandemia de Covid-19, Pinto da Costa está confiante de que os azuis e brancos irão conseguir a dobradinha – lideram o campeonato com um ponto de avanço sobre o Benfica, com o qual disputarão a final da Taça de Portugal. “Estamos todos convencidos de que vamos conseguir a dobradinha e estamos a trabalhar para que isso aconteça. Todos acreditamos que vai ser possível”, disse Pinto da Costa, que cumpre nesta sexta-feira 38 anos como presidente dos dragões.
José Mourinho também esteve presente nesse programa e recordou as épocas de 2002/03 e 2003/04 no FC Porto, quando conquistou a Taça UEFA e a Liga dos Campeões. “Outro dia estava a ver na televisão italiana a final de Gelsenkirchen [FC Porto-AS Mónaco na Liga dos Campeões] e um comentador dizia que as equipas que jogavam contra o FC Porto jogavam todas mal. E o outro dizia: será que são elas que jogam mal ou eles [FC Porto] são muito melhores do que os outros?”, começou por contar o técnico agora do Tottenham.
O timoneiro refletiu ainda sobre a ligação especial que tem com o FC Porto e que começou muito antes de ter sido treinador principal dos azuis e brancos. “As pessoas esquecem-se, porque olham para mim apenas como treinador, mas a minha ida para o FC Porto surgiu muitos anos antes. A minha relação com o FC Porto vem desse momento, quando era um miúdo inexperiente nesse nível de exigência, e aprendi tanto, mas tanto, tanto, desde o presidente aos rapazes que aí estão e outros que não digo sob pena de me esquecer algum. Saí quando tinha de sair, quando a minha carreira pedia outras coisas, mas marca de tal maneira que nem sequer preciso de estar com as pessoas diariamente. Mesmo distantes, estamos juntos, porque há coisas que ficam. O futebol, os grupos e as vitórias têm essa força. Sabemos que, mesmo distantes, estamos juntos”, salientou Mourinho.
Battaglia também deixou algumas palavras nesta sexta-feira, mas no caso do médio do Sporting foram em relação à paragem das competições, o que para o argentino até nem é muito mau, pois permite melhorar a recuperação do joelho. “Eu comecei sem jogar, comecei a recuperar do joelho, da lesão que tive, felizmente consegui começar a jogar com regularidade e agora outra vez esta pausa. Por um lado, para o meu joelho, é melhor, porque consegui descansar um bocadinho. Por outro não, porque tinha-me habituado a jogar 90 minutos e a treinar forte. Continuo a treinar na mesma, tenho de cuidar a minha forma física e o meu joelho. Dou mais carinho ao meu joelho do que à minha namorada, imagina”, referiu em entrevista ao ‘Jornal Sporting’.


O médio dos leões apontou ainda que é favorável ao reatar das provas, mas porque sabe que isso só acontecerá quando estiverem reunidas as condições de saúde para tal. “Eu acho que, se a Liga voltar, vai ser porque nos vão dar garantias, tanto a jogadores como ao staff, que o vírus está controlado. Há clubes que querem terminar a Liga e acho bem. Há um campeonato por decidir e competições europeias no próximo ano, como também há descidas, e todos os clubes vão querer terminar a Liga. Acho que seria injusto, com tantos jogos a faltar, acabar o campeonato agora. Acho uma medida justa, mas também te digo, primeiro a saúde e espero que a Liga volte já quando o vírus estiver controlado.”
Destaque ainda nesta sexta-feira para uma notícia avançada pela agência LUSA em relação ao processo de Rui Pinto, criador do ‘Football Leaks‘. A agência noticiosa avançou que o caso distribuído esta semana para julgamento ao juiz Paulo Registo, do Tribunal Central Criminal de Lisboa, no Campus da Justiça, de acordo com fonte judicial. Paulo Registo, do Juiz 18, será o presidente do coletivo de juízes, composto também pelas juízas Ana Paula Conceição e Helena Leitão, ainda sem data para o início do julgamento, no qual Rui Pinto responderá por 90 crimes. Segundo a mesma notícia, este coletivo de juízes vai também julgar o processo e-toupeira, que tem como principal arguido Paulo Gonçalves, antigo assessor jurídico da SAD do Benfica. No entanto, neste caso a titular do processo é a juíza Ana Paula Conceição.
Lá fora, começam a surgir algumas definições para conclusão de campeonatos. Ora, na Escócia, o Rangers acha que por trás da votação da Liga para dar já por concluído o presente campeonato está a mão do Celtic. Com isto, o António Tadeia aproveitou para no Último Passe desta sexta-feira refletir sobre os modelos de governação das Ligas, vulneráveis à influência dos mais poderosos. Pode ler aqui.
Em Inglaterra começam a surgir novidades em torno de um possível retorno do desporto rei. Ora, a ‘Premier League’ comunicou neste dia aos clubes que a próxima época terá de ser iniciada, no máximo, na primeira semana de setembro. Com o Europeu de futebol (que era suposto haver este verão) e os Jogos Olímpicos a decorrerem no verão de 2021, o prazo não se poderá alargar mais. Para além disso, a entidade tem crença de que será possível reatar o campeonato desta temporada a partir de 8 de junho, escreve o ‘The Telegraph’. Uma data que necessitará sempre de autorização do governo do país.
A Liga Italiana, por seu turno, poderá recomeçar no fim de maio ou também no início de junho. Gabriel Gavina, presidente da federação de futebol do país, mostrou-se otimista quanto a essas datas. “Compartilho do desejo do ministro [dos desportos] Spadafora de poder reiniciar os treinos em 4 de maio (…) com todas as precauções necessárias. Haverá um período de controlo para garantir resultado negativo aos testes dos que participam. Se todos derem negativo, não há perigo. Serão necessárias três semanas para estarem completamente seguros, pelo que poderão jogar no final de maio, início de junho. Gostaria de dar aos italianos a esperança de que, entre o final de maio e o início de junho os jogos também se possam realizar nos estádio do norte de Itália”, afirmou Gravina em declarações à ‘RAI 1’.


Já que falamos em campeonatos estrangeiros, ainda há uns quantos com futebol em direto para ver nestes tempos de saudade do desporto rei. Com principal destaque para a Bielorrússia e a Nicarágua, o João Pedro Cordeiro reuniu os encontros para ver no habitual guia de fim-de-semana a ver a bola. Para ler aqui.
No que diz respeito à qualificação para o Mundial de 2022, a CONMEBOL pretende arrancar a fase de apuramento sul-americana em setembro. O organismo informou, através de comunicado, que as eliminatórias vão ter início nas datas fixadas pela FIFA, ou seja, entre “4 e 8 de setembro”. A CONMEBOL reuniu-se, esta sexta-feira, com os presidentes das federações através de videoconferência. De recordar, a qualificação estava prevista começar entre 23 e 31 de março deste ano, mas foi adiada devido à pandemia de coronavírus. A CONMEBOL deu ainda conta de que “não foi definida uma data” para reatar a Taça Libertadores e a Taça Sul-Americana, apesar de ter destacado a vontade de concluir as competições dentro das quatro linhas.
Em tempos de nostalgia, Luís Figo foi convidado a recordar quando trocou o FC Barcelona pelo Real Madrid e tornou-se vilão na Catalunha, momento que está prestes a fazer 20 anos. Quem não se lembra do episódio da cabeça de leitão lançada para o relvado em Camp Nou quando Figo lá jogou com a camisola merengue? Pois bem, o ex-internacional português esteve à conversa no canal televisivo ‘Movistar’ e o assunto foi lançado. Uma jornalista começou por dizer “imagino que vais comemorar com um bom Vinho do Porto e um leitão”. “Leitão tenho preparado para comer esta sexta-feira”, respondeu logo Figo entre risos, deixando depois palavras mais sérias. “Não sou de celebrar esse tipo de situações, preferia que isto tudo passasse e estar com os meus amigos.”
Ainda no que toca a portugueses, Gedson Fernandes revelou as dificuldades que tem sentido com a língua em solo inglês, principalmente em termos de sotaque. “O português é tão diferente do inglês. É um pouco mais difícil de aprender por causa do sotaque. Falar inglês em Inglaterra comparado a falar inglês em Portugal é muito diferente”, começou por dizer o médio emprestado pelo Benfica ao Tottenham em declarações ao site dos ‘spurs’. “Por exemplo, se Eric Dier [passou vários anos no Sporting] falar comigo em inglês, acho mais fácil de entender do que quando ele conversa com alguém inglês. Falam muito rápido para mim”, prosseguiu. Ainda assim, entre elogios à equipa técnica, que conta com vários portugueses, Gedson deixou ainda claro de que tem “bons companheiros de equipa e estou a gostar do balneário”.