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Os Donos da Bola (4): Bundesliga

António Tadeia por António Tadeia
Abril 12, 2020
9 min de leitura
Os Donos da Bola (4): Bundesliga
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O panorama do futebol alemão está naturalmente dominado pela regra dos 50+1, criada em 1998. Estipula esta regra – da qual foram isentados logo o Leverkusen e o VfL Wolfsburgo, cujas ligações à Bayer e à Volkswagen eram longas – que os clubes podiam converter-se em sociedades comerciais mas, para competir na Bundesliga, tinham de ter mais de 50 por cento dos direitos de voto nas respetivas assembleias. Isso torna o panorama do futebol alemão muito diferente do que já vimos em Inglaterra, Itália e França, por exemplo, e tem motivado amplo debate entre os que abominam o que se passa ultimamente no RB Leipzig e no TSG Hoffenheim e os que sustentam que o futebol alemão perdeu posição no contexto europeu devido a esta regra limitadora.

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Todo o sistema na Alemanha está construído em torno do conceito de “membros”, uma espécie de sócios. O Bayern Munique, por exemplo, tem quase 300 mil, todos a contribuir para a sustentabilidade financeira de um clube que até abriu 25 por cento do seu capital a grandes empresas. Mas há casos como o do RB Leipzig, clube inventado pela Red Bull para ser uma das extensões do projeto futebolístico global da marca de bebidas austríaca, que colocava a anuidade para membros a preços tão proibitivos que mais valia dizer que os não queria. E a verdade é que não queria mesmo: só quando chegou à 2. Bundesliga foi forçada a chegar a acordo com a organização de forma a definir limites para a intervenção dos donos. Esse caso, como o do TSG Hoffenheim, que é detido pelo bilionário da informática Dietmar Hopp – alvo de insultos recentes de adeptos do Bayern no tal jogo que acabou com as duas equipas a trocarem a bola entre si – são os pomos da discórdia atuais, uma vez que o contexto histórico levou os alemães a aceitarem a influência da Bayer no Leverkusen e da Volkswagen no VfL Wolfsburgo.

A intenção da Bundesliga é a de evitar que os interesses comerciais se sobreponham aos desportivos – algo que se alguém pode fazer são os alemães, tão amplo é o seu mercado interno. Mas há quem não goste da ideia. O presidente do Hannover 96, por exemplo, já quis abolir esta regra, alegando que ela viola a lei de competição da União Europeia, mas foi claramente derrotado na assembleia da Bundesliga. O resultado é que, ao contrário do que acontece nos outros grandes campeonatos do futebol europeu, não há grandes investidores estrangeiros nos principais clubes do país. Ou melhor: não devia haver. Mas toda a gente fecha os olhos ao que se passa em Leipzig.

Nota: Esta é a quarta parte de um artigo que já passou pelas realidades de Inglaterra, Itália e França.

Bayern Munique

O Bayern abriu o seu capital a investidores, mas nunca tornou a subscrição de ações pública. Assim sendo, 75 por cento da FC Bayern Munchen Aktiengesellschaft pertencem ao clube propriamente dito, o que permite manter o controlo das decisões. Depois, a Adidas, a Audi e a Allianz subscreveram, cada uma, 8,33 por cento do capital, tendo o dinheiro sido usado para construir a Allianz Arena. A Adidas entrou em 2002 por 77 milhões de euros, a Audi pagou 90 milhões em 2009. E em 2014 a Allianz entrou com mais 110 milhões. A Assembleia Geral de acionistas nomeou em Novembro do ano passado Herbert Hainer, antigo CEO da Adidas, como presidente do clube, que mantém o ex-jogador Karl-Heinz Rummenigge na posição de chairman.

Borussia Dortmund

Foi até hoje o único clube alemão cujas ações foram colocadas na Bolsa de Valores (aconteceu em 2000), mas sempre com uma nuance: o futebol profissional é gerido através de um modelo empresarial no qual há um sócio com responsabilidade ilimitada (o clube) e outro com responsabilidade limitada (a empresa cujas ações foram abertas ao público). Entre estas, os maiores acionistas são a química Evonik Industries (14,7%), o milionário da comunicação Bernd Geske (9,3%), a financeira Signal Iduna (5,4%) ou a marca de produtos desportivos Puma (5%). O presidente do clube é o advogado social-democrata Reinhard Rauball e o chairman é o empresário Hans-Joachim Watzke.

RB Leipzig

Nada a ver com o antigo Lokomotiv, clube histórico da RDA que está atualmente na quarta divisão alemã. O RasenBallsport Leipzig só foi fundado em 2009, fruto da compra de um clube dos arredores da cidade, o SSV Makranstadt, pela empresa austríaca de bebidas energéticas Red Bull. O clube em questão competia na quinta divisão e a Red Bull queria fazê-lo chegar à 1.Bundesliga em dez anos: conseguiu-o em sete. O problema foi a lei dos 50+1, que proíbe terceiras partes de comandar clubes que compitam profissionalmente. Isso já levara a que o nome do clube não fosse Red Bull Leipzig (RasenBallsport tem as mesmas iniciais e significa basicamente desporto com bola no estádio). E forçou depois a que, quando o clube chegou ao terceiro escalão e a pensar em subir ao segundo, a Red Bull tivesse de nomear para a administração uma maioria de elementos independentes. Basicamente, a Red Bull é dona de 99 por cento do clube, estando o 1% restante nas mãos dos membros – sócios, à alemã. Só que estes têm o poder para definir tudo na gestão das equipas profissionais. O presidente do clube é o antigo maratonista Oliver Mintzlaff, que antes de trabalhar no RB Leipzig colaborara com Gerard Houllier, diretor de futebol global da Red Bull.

Borussia Mönchengladbach

Um dos clubes mais populares da Alemanha, fruto do sucesso que conseguiu nos anos 70, o Borussia Mönchengladbach suporta-se apenas nos seus membros, que são cerca de 90 mil – números superados apenas pelo Bayern, Schalke 04, Borussia Dortmund e FC Colónia. Ao contrário do que sucede com estes, porém, não houve nunca sequer entrada de investidores na composição do capital da empresa que gere o clube. Rolf Königs, presidente do grupo Aunde, um dos maiores produtores de acessórios para automóvel do Mundo, é também o presidente do Borussia desde 2004.

Bayer Leverkusen

É uma das raríssimas exceções permitidas pela Federação Alemã à lei dos 50+1, em nome da tradição: o Bayer Leverkusen foi fundado no início do século XX pelos trabalhadores da Bayer, a poderosa multinacional farmacêutica que domina a cidade, como clube-empresa destinado a melhorar as condições de vida dos seus trabalhadores. Hoje já não será bem assim, uma vez que todas as modalidades do clube estão bem dentro do profissionalismo, mas a história leva a que até a UEFA se lhe refira como Bayer Leverkusen. O clube pertence à Bayer e o presidente é um antigo jornalista espanhol, Fernando Carro, que já trabalha na Alemanha há muito e tem Rudi Völler como diretor desportivo.

Schalke 04

Segundo clube com mais membros em toda a Alemanha – os seus 155 mil só são superados pelos quase 300 mil do Bayern Munique – e um dos que mais receita gera em todo o Mundo, o Schalke 04 praticamente não tem dívida e ainda não abriu o capital a empresas externas, embora a sua relação com os patrocinadores seja bastante próxima. Os russos da Gazprom, por exemplo, abriram as portas da casa de Vladimir Putin a Clemens Tönnies, o bilionário da carne que é presidente do Conselho Geral do clube.

VfL Wolfsburgo

Tal como o Bayer Leverkusen, o VfL Wolfsburgo também é detido pela empresa que o criou, a Volkswagen. O clube nasceu para assegurar a prática desportiva dos funcionários da fábrica automóvel, em tempos de euforia do III Reich e da criação do “carocha”, tendo muito mais tarde evoluído para o profissionalismo, mas mantendo a estrutura corporativa mesmo depois da aprovação da regra 50+1. Frank Witter, que é o CFO da Volskswagen, é também, desde 2018, o presidente do conselho supervisor do clube.

SC Freiburgo

O clube está sem presidente desde que Fritz Keller, o sobrinho-neto de Fritz Walter, que sucedeu ao mítico Achim Stocker – o líder de 37 anos que não via os jogos da equipa por temer um ataque cardíaco – foi eleito presidente da Federação Alemã. Vive entre a primeira e a segunda Bundesligas das contribuições dos cerca de 22 mil membros, sem associação a empresas.

TSG Hoffenheim

É o clube da polémica no atual futebol alemão. Em 2015, numa assembleia-geral, os membros presentes aprovaram, por unanimidade, a tomada de posição maioritária de Dietmar Hopp, o milionário da informática que é dono da SAP. Hopp já dominava 49 por cento do capital, respeitando a regra dos 50+1, mas tendo em conta que ele se comprometeu a continuar a investir nas equipas jovens também e que já investia no clube há 20 anos, a DFB aceitou alargar-lhe a ele a exceção que já existia no Bayer Leverkusen e no VfL Wolfsburg. Hoje, é dono de 96 por cento de um clube que levou dos regionais à Liga dos Campeões em duas décadas de investimento.

FC Colónia

Mais um caso de um clube que ainda não abriu o seu capital a empresas externas e continua a ter o estatuto de associação registada. Com mais de cem mil membros contributores, apesar da recente passagem pela segunda Bundesliga, o FC Colónia não se pode queixar de falta de apoio. O atual presidente é Werner Wolf, um homem da área do marketing que sucedeu em 2011 a Wolfgang Overath.

Union Berlim

Com cerca de 35 mil membros, o Union Berlim mantém também o estatuto de associação registada e sem participação de capitalistas externos. Como único dos históricos da antiga RDA presentes na 1. Bundesliga, tem uma rivalidade acesa com o RB Leipzig, tendo-se tornado célebres os protestos dos seus adeptos contra o predomínio do marketing nos adversários. O presidente é, desde 2004, Dirk Zingler, um homem cujo passado militar debaixo das ordens da Stasi motivou intensa polémica no clube, que ainda por cima sempre se opôs ao Dynamo, que era o clube da polícia política da RDA.

Eintracht Frankurt

Apesar de ser um dos maiores clubes alemães em termos de membros – bate-se pelo quinto lugar, atrás de Bayern, Schalke, Borussia Dortmund e FC Colónia –, com quase 90 mil “sócios”, o Eintracht Frankfurt já abriu o seu capital a estranhos e formou uma sociedade na qual, contudo, mantém 67,8 por cento. O remanescente pertence a associações como os “Amigos de Adler” (18 por cento) ou os “Amigos do Eintracht” (10 por cento) ou à seguradora Wolfgang Steubing (3,5%).

Hertha Berlim

O clube tem 62,5% das ações da companhia de responsabilidade limitada que gere o futebol e a totalidade do capital da holding criada para a gestão das atividades financeiras que com ele estão relacionadas. O resto do capital da empresa criada para gerir o futebol profissional do clube foi disseminado sob o formato de obrigações, que capitalizam para os subscritores a um ritmo anual, crendo-se que está espalhado por diversos investidores individuais.

FC Augsburgo

Salvo por Walther Seinsch quando, no início do século não tinha sequer dinheiro para poder inscrever-se na Bayernliga, o regional da Baviera, o FC Ausgburgo está hoje debaixo da direção de Klaus Hoffmann, um empresário que andou pelas carnes, pelos elevadores e fez fortuna na proteção contra incêndios. Ainda com Seinsch como presidente, Hoffmann, há muito um adepto fervoroso do FCA, doou um milhão de euros para as camadas jovens do clube. Estava encontrado o sucessor na liderança de um clube que, apesar dos sucessivos apoios externos, é dos mais fervorosos apoiantes da regra dos 50+1.

FSV Mainz

Mais um clube que se mantém exclusivamente como associação desportiva. O presidente é Stefan Hofmann, que já foi treinador e nessa condição ingressou no clube em 2005. Ao mesmo tempo, é funcionário do Ministério da Ciência da Renânia-Palatinado, um dos 16 estados da Alemanha.

Fortuna Dusseldorf

Tem um presidente profissional na pessoa de Thomas Röttgermann, que já trabalhou, entre outros, no Preussen Munster e no VfL Wolfsburgo, mas também está abrangido pela regra dos 50+1 e o seu capital é dominado pelos membros.

Werder Bremen

O clube está organizado numa associação desportiva e numa sociedade comercial, mas a primeira, que é dominada pelos quase 50 mil membros, é dona de 100 por cento do capital da segunda. O presidente é o ex-futebolista Marco Bode, que jogou toda a sua carreira no clube e sucedeu a Villas Lemke em 2015.

SC Paderborn

Tal como o Werder Bremen, também o SC Paderborn optou já por constituir uma sociedade comercial, mas da qual a associação desportiva é a única acionista. O presidente do clube é Elmar Volkmann.

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