Para António Salvador, os contratos são para se cumprir. O presidente do SC Braga esteve à conversa com os adeptos do clube arsenalista e comentou o atraso do Sporting no pagamento da cláusula de rescisão de Rúben Amorim. “O negócio é simples. O Sporting mostrou-se interessado no Rúben, mas sempre disse que não estávamos interessados em vender, nem ceder. Estava a fazer uma recuperação fantástica e foi importante para dar o clique aos nossos jogadores. Disse que só podia sair pela cláusula. A dada altura ele mostrou-se disponível para abraçar outro projeto, já que o Sporting pagava a cláusula. Os contratos são para se cumprir. É isso que vou sempre fazer, defender o clube nessas situações”, afirmou.
Na mesma sessão de perguntas e respostas, o líder bracarense considerou que Trincão será o melhor jogador da próxima década e deixou uma promessa aos adeptos: “O nosso plantel cada vez mais vai ter jogadores da formação. Temos formação excecional. Isso deve-se às condições, à cidade desportiva, que criámos. É lá que trabalha toda a formação. Tem muito talento e está muito bem preparada. Nos próximos tempos vai dar ainda mais talentos. Queremos um núcleo de jogadores forte e que sustente todos os jogadores que possam subir da formação. O futuro é formar e é isso que vamos fazer”.
Por cá, se não leu, ainda vai a tempo. Numa altura em que tem sido fortemente associado a um regresso a Barcelona, o Fernando Gamito traça-lhe o perfil de Thiago Alcântara, um dos médios mais interessantes do futebol atual e, para muitos, um dos jogadores mais desvalorizados dos tempos que correm. “É um dos jogadores com maior palmarés no mundo do futebol, mas foi preciso rumar à Alemanha para assumir o protagonismo e sair da sombra que ocupava em Barcelona”, escreve o Fernando num texto que pode ler aqui.
Em entrevista ao jornal Expresso, António Costa abordou a possibilidade de o futebol regressar ao ativo durante os meses de verão, sob alguns condicionalismos. “Para o público, há várias soluções. Pode ser totalmente à porta fechada ou só com os lugares cativos distribuídos pelo estádio. A proposta que a Liga apresentou era para em junho e julho se poder completar a época desportiva. Ainda temos tempo para preparar isso”, afirmou.
Quem não parece muito interessado em fazer regressar o futebol é Quique Setién. O atual treinador do FC Barcelona defende que dinheiro não é tudo: “O que é mais importante? O dinheiro? Eu dou o meu dinheiro! O dinheiro compensaria se eu infetasse as minhas tias, por exemplo? E também não sou só eu. Há muitos empregados à volta de uma equipa – que tratam dos equipamentos, que são nossos motoristas, que cozinham para nós – e que também têm famílias. Não há nada mais importante que a vida e a saúde. Toda a gente terá de suportar as consequências desta crise, o futebol também. Se jogar envolvesse qualquer tipo de risco, rejeitaria”, afirmou em entrevista ao jornal alemão Sueddeutsche Zeitung.
Ao Benfica Play, João Félix contou o episódio em que fez o pai chorar: “Lembro-me desse jogo [4-2 ao Real Madrid], foi o primeiro golo da meia-final e o meu primeiro também. Para nós [jogadores da formação] é a nossa Champions. Dois golos numa meia-final contra o Real Madrid… quem não gostava de fazer. Até houve invasão de campo. O meu pai estava lá a ver e veio ter comigo. Quase nunca o vi a chorar e nesse dia ele chorou”, afirmou.
O Golden Boy português explicou ainda porque decidiu ingressar no Atlético Madrid: “As coisas correram bem na época passada, fomos campeões e fiz uma boa época. Foi isso que me permitiu ganhar o Golden Boy, mas também a transferência e os primeiros meses no Atlético. Estou muito contente. O sonho de qualquer jogador é jogar numa das melhores equipas do mundo e o Atlético é uma delas. Tive vários clubes interessados, mas acabei por escolher o Atlético porque era o que mais me agradava e acho que é o que me vai dar as melhores condições para poder evoluir”.
O jovem internacional português comentou ainda quais os sacrifícios que teve de fazer em prol da carreira de jogador profissional: “Os outros miúdos tinham catequese e eu nunca tive, não tinha tempo. Também não queria, não gostava, mas não tinha tempo. O fim de semana era sempre a jogar futebol, por vezes tinha jogos ao sábado e domingo. Para aí nos meus 14, 15, 16, 17 anos, quando a malta começa a sair à noite, eu não podia. Depois acordas de manhã e eles mandaram-te vídeos dos teus amigos na noite. E tu pensas ‘eh pá, isto é fixe’. Mas na verdade eu preferia ter jogo do que ir para uma festa. Na altura custa, gostava de ter estado em algumas festas, mas agora olho para trás e penso que valeu a pena”.
Já Rafael Leão abordou o dia a dia de um jogador de futebol à página ANYFÁ, confirmando que a receção de mensagens negativas faz parte da profissão: “Recebo muitas mensagens boas, outras menos boas. Mas faz parte. Tenho de aprender a viver com isso. Sou uma pessoa que gosta de sentir boa energia à minha volta, para poder fazer aquilo de que mais gosto”, assinalou. Para o antigo avançado do Sporting é preciso ser-se forte psicologicamente, também, para conviver com um jogador como Zlatan Ibrahimovic.
“Se não fores muito forte psicologicamente, vai ser complicado. Ele tem uma personalidade forte, uma reputação muito grande e no Milan somos quase todos jovens e ele é o mais velho. Ele nos treinos é uma pessoa, nos jogos é outra completamente diferente, muito competitivo. É um jogador arrogante, mas no bom sentido. Quer ganhar sempre. É muito duro. Mas é alguém que me pode ajudar muito em termos futebolísticos. Aperta muito comigo. Desde o início me acarinhou, mas por outro lado, apertava comigo. Dá-me conselhos e diz que posso ser muito melhor, que posso vir a ser uma referência do Milan. E eu recebo os conselhos dele como se fosse um pai a dar educação a um filho”, afirmou.
Lá por fora, o México consumou a decisão de suspender promoções e despromoções nos próximos cinco anos. O mais provável é que a Liga Ascenso, como hoje a conhecemos, deixe de existir e pelo menos durante muito tempo deixem de existir duas divisões de futebol naquele país. Com os clubes das divisões inferiores a atravessarem graves crises financeiras e sem que muitas vezes consigam pagar licenças de participação na liga, a ideia de Enrique Bonilla, presidente da Liga, passa por transformar o segundo escalão numa competição de formação que sirva para preparar jovens jogadores para a Liga MX. Os participantes irão receber uma compensação de 2,3 milhões de dólares.