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O regresso distrital e a incerteza na formação

Fernando Gamito por Fernando Gamito
Setembro 19, 2020
17 min de leitura
O regresso distrital e a incerteza na formação
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Estão de regresso aqueles míticos duelos entre os clubes da terra, que tanta gente levaram aos estádios em tardes de outrora. No entanto, a aura do futebol distrital está ferida e mais cinzenta do que o habitual, condizente com o tempo de pandemia de Covid-19 que enfrentamos. Sem público nas bancadas, os campeonatos principais da AF Aveiro (cuja atualidade pode acompanhar através da AFA TV) e da AF Viseu começaram no passado fim de semana, ainda antes da Liga Portuguesa. Com alguns clubes a favor de ir já a jogo e outros contra, entre as várias medidas de saúde, as dificuldades financeiras falam mais alto no futebol não-profissional e obrigam os clubes a pensar fora da caixa, de forma a conseguir receitas. Em crise ficam as camadas jovens, onde ainda não é possível treinar em conjunto e nem há certezas de competições, o que leva os treinadores a terem de reinventar a aprendizagem no futebol de formação.

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Em Aveiro, a solução para reformulação dos quadros competitivos foi reestruturar o campeonato Sabseg para duas séries de onze equipas cada, divididas por Norte e Sul. Com apenas um encontro da primeira jornada adiado, de acordo com os dois clubes (Carregosense e Atlético Cucujães), o regresso do futebol ao distrito foi positivo, nas palavras de Arménio Pinho, presidente da AF Aveiro. “Colocámos, em todos os jogos, delegados da Associação, no sentido de ajudar a organização do jogo e para que tudo decorra dentro da orientação e regras em vigor, e tudo seja acautelado para que não se corram riscos. As partidas decorreram bem, tivemos 27 golos logo na primeira jornada, 14 na Série Norte e 13 na Sul. Na parte desportiva, vimos que os atletas e equipas técnicas estavam motivados por voltar à competição”, começou por contar-nos.

Ainda assim, é com profundo pesar que Arménio Pinho olha para as bancadas dos estádios e encontra todos os lugares vazios. “É um sentimento de profunda tristeza não vermos o público nos campos, por estarem impossibilitados de estar presentes, quando temos excelentes instalações desportivas no distrito de Aveiro e uma percentagem do público poderia bem estar dentro, mas quem manda é a DGS”, lamentou o dirigente.

Ora, o começo de campeonato nesta data, ainda antes de muitas outras competições em Portugal e de todas as restantes distritais, à exceção de Viseu, explica-se através de um planeamento metódico. “Para não terminarmos o campeonato muito tarde, optámos por este formato e calendário. Embora existissem alguns clubes que achavam melhor suspender tudo e voltar só com o público nos estádios, a maioria deles foi favorável a esta situação e decidimos avançar. Não nos podemos esconder atrás da secretária, temos de programar, implementar e usar toda a segurança. Avançámos sem receios, mas tendo em mente que isto é provisório e que vamos voltar a ter público nos estádios, porque essa é uma das lacunas que atualmente temos”, referiu Arménio.

Entre os triunfos de FC Pampilhosa (3-1 ao Alba), SC Fermentelos (1-0 ao Vista Alegre), CD Estarreja (2-0 ao Gafanha) e Bustelo (1-0 ao LAAC), o grande destaque da primeira ronda na zona sul aveirense foi o Oliveira do Bairro com uma goleada de 5-0 imposta ao AA Avanca. O Oliveira do Bairro que se mostrou a favor do regresso do campeonato, pois é necessário voltar à vida habitual a pouco e pouco. “Sendo qual fosse a data, esta ou outra posterior, o clima de incerteza quanto ao futuro iria ser sempre uma nuvem sobre a data escolhida. Acredito que a decisão tomada pela AFA em maioria com os clubes foi a acertada. Os atletas estavam sem competir quase há seis meses, contrariamente aos da 1ª Liga profissional. A situação que vivemos tem de ser contrariada, não podendo viver numa bolha isolada, devemos retomar o nosso dia a dia com os cuidados emanados pelas autoridades”, disse-nos Luís Jesus, presidente do Oliveira do Bairro.

Mais a norte, o GDSC Alvarenga até nem se tinha importado de iniciar a competição logo no começo deste mês. “O Alvarenga estava a favor de se iniciar o campeonato na altura que AF Aveiro comunicou a data de início do mesmo, que inicialmente seria dia 6 de setembro, independentemente se era antes ou depois da Primeira Liga, nós só temos que respeitar a data da AF Aveiro”, salientou-nos Nuno Saraiva, diretor desportivo do clube. O Alvarenga que empatou a uma bola com o SC Esmoriz na primeira ronda da zona norte do Sabseg, onde o União de Lamas ganhou por 2-1 ao SC Fiães, a ARC São Vicente Pereira empatou 3-3 com o CD Paços Brandão e o Canedo FC venceu por 2-1 diante do Paivense.

A casa do Alvarenga. Crédito: Facebook Alvarenga

Viseu sem consenso no regresso

Em Viseu, a situação é muito diferente daquilo que se vive em Aveiro. O consenso no regresso do campeonato foi muito menor, até porque houve dez clubes a votar favoravelmente, mas oito que estiveram contra. Sete dos opositores à decisão até emitiram um comunicado a explanar as razões pelas quais consideraram precipitada a opção da AF Viseu. Um deles foi o GD Mangualde, que fala em irresponsabilidade. “Começámos a treinar a 17 de agosto e cumprimos todas as orientações da DGS, que impunha grandes constrangimentos no planeamento e preparação do treino. Só conseguimos realizar treinos conjunto a partir do dia 28 de agosto. A AF Viseu deveria ter, à semelhança de outras associações regionais, suspendido a Taça Sócios de Mérito, libertando assim, datas para realizar o campeonato entre 04 de outubro e 31 de maio. Nessa altura já teríamos perceção exata de como correu a abertura do ano escolar e já teríamos mais elementos sobre o regresso, ou não, do publico aos estádios”, disse-nos Ricardo Lopes, presidente do GD Mangualde.

O que piora a situação é mesmo a evolução da pandemia em Viseu, o que preocupa Ricardo Lopes. “O concelho de Viseu está, segundo as autoridades de saúde, com transmissão comunitária ativa e grande parte dos atletas dos clubes residem no concelho de Viseu. O GD Mangualde e mais alguns clubes assumiram responsabilidade, transmitindo aos responsáveis associativos o que pensavam e apresentando propostas. Infelizmente, a maioria dos clubes participantes votou favoravelmente a este início proposto. Aceitamos a decisão, mas não a compreendemos e esperamos que no futuro, se algo correr mal, cada um assuma a sua responsabilidade.”

Já o Carvalhais FC entende que o regresso do futebol só faria sentido com a presença de adeptos nos estádios, mesmo que em escala reduzida primeiramente. “O Carvalhais defendia que só deveria começar quando fosse possível ter público nas bancadas, aceitando que este fosse reduzido a 30 ou 40%. No entanto, em reunião de clubes na AF Viseu, a maioria dos clubes decidiu que o campeonato deveria começar mesmo sem público”, apontou-nos Camilo Rueff, vice-presidente do Carvalhais, que assim optou por competir na data mais próxima. “A questão que se colocou foi se deveria ser a 13 ou 20 de setembro, ou mesmo a 4 de outubro, e aí defendemos que a ter de começar que fosse o mais depressa possível, pois corremos o risco de haver paragens devido a possíveis infeções e depois não conseguiríamos terminar a época até ao fim de maio.”

Assim como o Carvalhais (3-0 ao Vale de Açores), também a ACDR Lamelas entrou a ganhar na Divisão de Honra viseense com um 2-1 frente ao CF Carregal do Sal. A ACDR Lamelas defendeu um início mais tardio para o campeonato e assim votou em reunião, mas já a 17 de agosto tinha enviado à AF Viseu uma proposta de nova calendarização para a competição. Entre os pontos sustentados e que nos foram explicados por David Ramos, diretor do clube, estiveram “a defesa da integridade física dos atletas; a verdade desportiva – houve rumores de que clubes não cumpriram as orientações da DGS e realizaram alguns amigáveis, o que os colocou em vantagem face aos que cumpriram as regras -; a incerteza das limitações impostas pelo Estado de Contingência”.

A vitória do Alvarenga sobre o Carregal na 1ª jornada. Crédito: Alvarenga

No que toca à AF Viseu, a data escolhida baseou-se na crença de que o melhor é começar a competir o mais cedo possível, devido à possibilidade de ter de parar depois, tal como já se verificou na posição assumida pelo Carvalhais. “A pensar nos clubes, achámos que, apesar da situação atual, era melhor começar agora, porque poderá até ser mais favorável do que ter que parar mais à frente e nunca mais recomeçar esta época”, tinha referido José Carlos, presidente da AF Viseu, em declarações ao zerozero.

A reinvenção como necessidade num futuro incerto

Ao contrário dos seniores, as camadas jovens continuam proibidas de treinar em conjunto e não há data para as competições, o que coloca um ar de incerteza cada vez maior no futuro do futebol de formação no país. Um dos principais receios entre os responsáveis passa pelo eventual abandono de muitos jovens no que diz respeito ao desporto rei, situação que esta paragem na competição pode forçar, como nos apontou Nuno Saraiva. “Vai ser um ano muito difícil para os jovens da formação. Neste momento, não sabem se vão competir ou não e têm treinado individualmente. Se não se iniciar os campeonatos da formação, o futuro para os jovens não vai ser muito fácil, muitos vão acabar por abandonar de vez o futebol e pode vir a perder-se jogadores de muita qualidade para um futuro próximo”, desabafou o diretor do Alvarenga.

Camilo Rueff sustenta essa mesma tese e questiona até qual o motivo para que os pais dos atletas não podem estar presentes a assistir aos treinos. “Os jovens podem treinar apenas individualmente, com distanciamento de dois ou três metros, conforme as circunstâncias, e os pais nem sequer os podem ver fazer o treino. Será que os pais de atletas de sete, oito, nove, dez, onze, doze anos podem ser considerados público nos treinos de crianças desta idade? Infelizmente, prevejo grandes dificuldades para os manter a treinar e receio que alguns desistam, o que será um problema sério na formação destes jovens”, lamentou o vice-presidente do Carvalhais, clube que “tudo está a fazer para que os jovens se mantenham motivados e interessados, mas sem treinos de conjunto a alegria não é a mesma”.

Esta paragem no futebol de formação surge como um entrave para o crescimento da AF Aveiro, que no ano passado teve um número recorde de participantes inscritos. Ainda assim, há quem olhe com relativo otimismo para que surja uma decisão em breve. Arménio Pinho, presidente da Associação aveirense, considera que o começo das escolas vá proporcionar também um eventual retorno da atividade física conjunta nos jovens. “Aguardamos todos pelas promessas que nos têm sido feitas e o que se pensa é que durante esta semana com o acomodar das crianças nas escolas, possamos dentro de um tempo a abertura da DGS para passarmos aos treinos livres”, referiu-nos Arménio Pinho. Apesar deste semblante positivo, o dirigente acredita que esta fatura vai pagar-se cara. “É um constrangimento enorme para os atletas e também para os pais. Vamos com mais de meio ano sem provas, sem treinos e as crianças vão pagar isto no futuro. Na época passada, batemos o recorde em número de inscritos, sabemos que há muita gente interessada em praticar desporto, e estamos convencidos que após esta semana as coisas poderão modificar-se.”

Arménio Pinho, presidente da AF Aveiro.

Com a proibição dos treinos normais nas camadas jovens, é necessária uma reinvenção para que os miúdos não percam o amor pelo desporto rei. Em Oliveira do Bairro, onde o futebol jovem assenta na formação (prioridade) e competição, olhou-se para esta dificuldade como uma oportunidade para trazer aspetos novos ao mundo do futebol “Os nossos treinadores foram convidados a ‘reinventar’ o modelo do futebol e treinos de formação, ao qual responderam com um plano de desenvolvimento de competências e skills em torno do atleta, em detrimento da equipa. Todo este processo foi apresentado aos pais e recebeu elogios e a aceitação de todos. É neste contexto que continuamos a trabalhar na formação a 110%, acreditando que a evolução dos nossos atletas será muito maior do que em anos anteriores”, explicou-nos Luís Jesus. O presidente do Oliveira do Bairro mostrou-se orgulhoso pela importância que o clube e o desporto continuam a ter na vida dos jovens. “Também aqui vemos a felicidade dos nossos atletas pelo menos três vezes por semana. Sabemos que estamos a cumprir com um papel social e intelectual para os nossos atletas, a contribuir para um aumento do índice de felicidade destes jovens, não esquecendo também a ajuda às famílias ao manter uma atividade saudável, ao ar livre e a respeitar as normas e orientações das entidades superiores.”

Em Lamelas, verificou-se o mesmo. “Os treinadores têm feito um trabalho notável na criação de novos exercícios e modelos de treino”, revelou David Ramos. No entanto, o diretor da equipa apela a que haja celeridade na resolução deste problema. “É fundamental que esta situação não se arraste por muito mais tempo, pois na sociedade em que vivemos e de acordo com as exigências de hoje a competição é fundamental para o crescimento dos nossos jovens”, disse David Ramos.

O regresso do futebol à vida das crianças e jovens é importante não apenas pela competição, mas sim por tudo aquilo que envolve em termos de atividade física, recreativa e de socialização, defende o Mangualde. “Julgamos ser importante retomar a atividade física nos escalões de formação. Foi isso que fizemos em agosto, seguindo todas a normas das entidades oficiais. O futebol, não pode, nem deve, ser apenas encarado como palco de competição. Deve ser visto como uma atividade de bem-estar físico e psíquico, de socialização entre todos os envolvidos nesta dinâmica do desporto. A competição um dia regressará. Com mudanças, porque o modelo existente não se apropria a estes novos tempos. De momento, julgamos que o mais importante é manter a atividade física, de um modo lúdico/recreativo e sempre orientada por elevados padrões de higiene e segurança”, realçou Ricardo Lopes.

Receitas, público e o parente pobre

“O futebol amador é o parente pobre do futebol.” A frase é de Arménio Pinho, presidente da AF Aveiro, e por toda a veracidade que tem, fica ainda em maior destaque com a situação que atravessamos nos dias que correm. Basta olharmos para toda a sociedade para perceber a crise que começa a pairar em termos financeiros, com empresas a fechar, desemprego a aumentar e muitas famílias a necessitarem de ajuda financeira. Ora, o futebol não foge a isto, principalmente o não-profissional, cuja existência dos clubes é feita do amor das gentes da terra, que muitas vezes dão do próprio bolso para alimentar a vida das equipas do coração. A impossibilidade da presença de público nos estádios é também o maior obstáculo a gerar receitas. Por isso mesmo, esta é uma época de dificuldades e desafios para os clubes conseguirem aguentar os gastos monetários, pois os apoios e patrocínios começam a escassear.

“A situação financeira de todos não está boa, porque tudo aquilo que eram os patrocínios, os torneios de fim de época nos jovens, as festas de aldeia… todas estas formas de angariar fundos não existiram. A AFA não pôde ficar de lado e decidiu no final da temporada passada atribuir 180 mil euros de apoio aos clubes. Não foi o apoio necessário, mas sim o possível. Para nós é sempre muito dinheiro, pois somos, no fundo, dos clubes. Se os clubes estiverem mal, a Associação também vai levar com isso”, reconheceu Arménio Pinho.

Em Oliveira do Bairro, a dificuldade financeira é tratada como “não assunto, alojado desde há muitos anos no futebol chegando muito antes do que a Covid”, diz-nos o presidente Luís Jesus. Apesar de as empresas da região e patrocinadores atravessarem momentos de incerteza, o clube vê a situação como uma “oportunidade para descobrir outros parceiros e formas de financiamento que estavam esquecidas, ou nunca foram ativadas. Se entendermos isto e não nos desligarmos das pessoas e empresas mesmo que estas não possam momentaneamente apoiar o clube, acredito que continuaremos a ter apoios e patrocinadores. Temos ainda a responsabilidade de nos adaptarmos a esta realidade e irmos ao encontro das necessidades e possibilidades de cada empresa, no limite e se for possível, desta vez ser o próprio clube a apoiar a empresa através da visibilidade que lhe consegue proporcionar”.

Foi precisamente desse ajuste ou nova estratégia de conseguir receitas que Arménio Pinho nos falou. “Os clubes têm agora de se reinventar e arranjar outras formas de angariar receitas, quer pela forma digital, mais sócios, proximidade. Os clubes não podem ficar à espera de que abram os estádios, porque nunca vai ser como foi. Têm de dar um passo em frente e procurar mais gente que apoie, com as devidas medidas de proteção”, referiu o dirigente, que vê no bairrismo dos clubes uma oportunidade a não deixar fugir. “Estamos a falar de clubes locais, onde há muito bairrismo, e creio que as pessoas vão ajudar os clubes, mesmo com muitas dificuldades. Tem de haver também gestão e redução de orçamentos e os tempos mais próximos serão neste panorama e todos têm de ter os pés assentes no chão e saberem com aquilo que podem contar.”

Em Viseu, a situação está mais complicada e o Mangualde ameaça mesmo abandonar a competição caso a Associação de Futebol viseense não contribua com apoios financeiros prometidos. “Até dia 11 de outubro, se não existir por parte da A.F Viseu a atribuição de um ‘envelope financeiro’ que permita atenuar os prejuízos, abandonaremos a competição. O que se está a passar na A.F Viseu, em termos financeiros é de uma enorme gravidade. A atribuição do apoio de 150 mil euros, prometido pelo anterior presidente aos clubes e reiterado publicamente pelo atual, ainda não existe. E, se no futuro existir, não será nos moldes prometidos. O anterior presidente da AF Viseu, hoje vice-presidente da FPF, prometeu em reunião com os clubes, transferir no dia 3 de agosto, a verba devida a cada clube, desde que estes estivessem em situação de cumprimento para com a AF Viseu. Esta direção da AF Viseu, deu uma pirueta e agora pretende creditar o valor em conta corrente”, revelou-nos Ricardo Lopes, presidente da direção do Mangualde. José Carlos, presidente da AF Viseu, já tinha adiantado que neste momento é impossível à Federação disponibilizar mais do que aquilo que foi disponibilizado, em palavras ao zerozero.

O empate do Mangualde com o Nespereira da 1ª ronda. Crédito: Magazine Serrano

Outro dos pontos que tem merecido críticas por parte dos clubes de Viseu é a continuidade das taxas de jogo e arbitragem. “Defendemos junto da AF Viseu, em conjunto com outros clubes, a redução das taxas de jogo e das inscrições, mas até ao momento não temos notícias sobre esse pedido”, realçou Camilo Rueff, vice-presidente do Carvalhais. “A AF Viseu prometeu ajudar os clubes financeiramente e informou-nos que iria creditar a totalidade dos clubes com uma verba total de 150.000€, faltando ainda saber qual o quinhão de cada clube”, acrescentou ainda.

Também a ACDR Lamelas aponta o dedo à AF Viseu – de salientar que houve reunião entre a Associação e os clubes na quinta-feira, da qual ainda não obtivemos dados. “Da parte da AF Viseu e FPF os apoios são ainda muito tímidos e se é bem verdade que os clubes terão que fazer pela vida para sobreviverem, também não é menos verdade que a AF Viseu e FPF terão que fazer muito mais mantendo-se o atual cenário, caso contrário muitos clubes deixarão de existir, e consequentemente a AF Viseu e FPF passarão também por dificuldades muito grandes, pois não existem sem clubes. É crucial que existam verdadeiros apoios e com significado financeiro para os clubes, pois apenas assim poderemos sobreviver todos”, salientou David Ramos, para o qual a impossibilidade de adeptos nos estádios tem papel fulcral para esta situação. “A ausência de público nas bancadas, além da receita diretamente implicada, interfere indiretamente com as receitas provenientes de patrocinadores e sócios, o que significa que os clubes deixam praticamente de ter receitas diversificadas, reduzindo drasticamente a capacidade financeira. Muitos dos nossos patrocinadores fazem parte do comércio local e passaram, ou estão a passar, da mesma forma por um período muito conturbado.”

Entre o risco e a felicidade de voltar a jogar

O começo de campeonatos distritais em pouco tem semelhanças ao futebol profissional. Se nos dois principais escalões é necessária a testagem contínua aos protagonistas e elementos de staff, no futebol amador assim não é. E é aí que reside a problemática entre o risco de poder vir a contrair Covid-19 (as medidas de contingência são todas cumpridas, mas durante o jogo há contacto entre futebolistas, como normal…) e a felicidade que é voltar a pisar os relvados e fazer aquilo que mais se gosta.

“A ansiedade dos atletas, treinadores e toda a estrutura sobrepõem-se a qualquer receio, contudo não existe um risco ‘zero’ em nenhuma atividade diária do foro pessoal, familiar, profissional ou lazer. É obvio que todos temos família e aqui ou ali existe um receio e a consciência que nos estamos a expor. Ainda assim temos de viver, fazer as nossas rotinas, trabalhar, e um jogo de futebol perceba-se que nesta divisão é uma atividade de lazer para a maioria dos atletas. Uma atividade que lhes permite manterem-se mais saudáveis do ponto de vista físico e mental, é algo que lhes traz alegria e felicidade, não havendo dúvida que uma sociedade feliz é uma sociedade muito mais saudável”, realçou Luís Jesus, presidente do Oliveira do Bairro.

No Alvarenga, as sensações foras as mesmas, com a vontade de finalmente voltar a jogar a sobrepor-se e falar mais alto, segundo as palavras do diretor Nuno Saraiva. “Sempre que entramos no estádio é com máscara, é medida a temperatura e desinfetar as mãos. Mesmo no dia de jogo fez-se todo este processo, tanto na altura em que saímos do nosso centro de treinos, como quando chegámos ao campo adversário. Não se sentiu nenhum receio, pelo menos da nossa parte, em relação a ir ao jogo e devido à situação que estamos todos a atravessar. A vontade e a ansiedade eram tantas que penso que todos nós que gostamos de futebol, só queremos é treinar e jogar, mas sempre com as devidas precauções.”

David Ramos, diretor do Lamelas, mostrou satisfação pelo Plano de Contingência definido pelo clube desde o início dos treinos, com alguns ajustes pelo meio, estar a ser cumprido à risca por todos os intervenientes. “De uma forma geral as coisas têm decorrido de forma bastante positiva, pois como desde o início debatemos estas questões com todos os elementos da equipa de futebol, estes têm sido cumpridores do mesmo na sua generalidade aumentando o sentimento de segurança entre todos. Quando chegou o primeiro jogo não foi necessário realizar praticamente nenhum ajustamento, pois todos os elementos já estavam familiarizados com os procedimentos a adotar, tendo este decorrido de uma forma que considero bastante tranquila”, disse-nos o dirigente, revelando ainda que os jogadores estavam completamente à vontade. “Não senti, nem sinto da parte dos atletas nenhum receio quer nos treinos quer no jogo já efetuado.”

O triunfo do Carvalhais em Vale de Açores. Crédito: Carvalhais

A falta de obrigatoriedade de testagem no escalão deixa algum receio no Carvalhais, mas há a noção de que o custo financeiro que acarretava tal medida seria insuportável para os clubes. “Visto este campeonato ser amador, não há obrigatoriedade de testes, o que nos deixa algo receosos, mas os clubes não têm capacidade financeira para os realizar e nem a FPF nem a AF Viseu suportam esses custos. Assim, temos de ser o mais rigorosos possível  para evitar qualquer incidente de saúde”, referiu Camilo Rueff. Ainda assim, o dirigente questionou as diferenças nas regras entre o contacto físico num jogo e a impossibilidade da presença de público nas bancadas. “É, no entanto, contraditório que as equipas se possam defrontar e haja contacto físico, sem máscara – como não poderia deixar de ser -, sendo a grande maioria dos jogadores também trabalhadores, mantendo portanto contacto diário com muitas outras pessoas e por outro lado não se pode ter adeptos nas bancadas, com o devido distanciamento e com máscara.” A verdade é que adeptos nos estádios continuam a ser uma miragem em Portugal neste momento, pelo menos de acordo com a última atualização da Direção-Geral da Saúde.

Tags: ACDR LamelasAF AveiroAF ViseuCarvalhais FCDistritaisFormaçãoGD MangualdeGDSC AlvarengaOliveira do Bairro SC
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