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Histórias, Reportagem

Grealish, o príncipe de Villa Park

João Pedro Cordeiro por João Pedro Cordeiro
Dezembro 27, 2020
9 min de leitura
Grealish, o príncipe de Villa Park
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Enfant-terrible, capitão do clube do coração, ídolo da comunidade. Cabelo puxado, meias em baixo, caneleiras mínimas… Jack Grealish é um fenómeno de outros tempos perdido em pleno 2020. Fora de campo cometeu erros e acumulou problemas, mas dentro dele assumiu-se finalmente como uma das maiores figuras do futebol europeu. Com uma carreira toda ela passada ao serviço do Aston Villa, é o tipo de jogador, qual ícone de culto, que parecia ter-se perdido com a reforma de Francesco Totti. Em Inglaterra há quem o considere a segunda aparição de Paul Gascoigne pela forma como encara o futebol, com alegria, ligeireza e muita magia. É o príncipe de Villa Park.

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Em 2016, Jack Grealish foi um dos jogadores que não conseguiu evitar a queda do histórico Aston Villa na segunda divisão inglesa. Desde aí, não descansou enquanto não devolveu o clube do coração, o clube pelo qual torceu toda a vida, de volta ao convívio com os grandes. Os adeptos, os Villans, não são parcos em palavras: Our Jack, como lhe chamam, carregou a equipa às costas depois de nunca lhas virar. Para muitos foi uma demonstração de cobardia, fruto do medo de subir o patamar e do falhanço. Para outros, foi lealdade. Fugir tinha sido o mais fácil, porventura. Mas Jack Grealish tinha uma tarefa interminada. O Villa não pertencia aquele mundo. Hoje, já com o Aston Villa bem estabelecido na Premier League, Grealish floresceu. Demorou a convencer Gareth Southgate a utilizá-lo na seleção, mas até o antigo defesa se rendeu. Afinal, nenhum jogador criou tantas oportunidades de golo esta temporada na Premier League, ou, sequer, nas cinco principais ligas europeias.

Oportunidade para sair do Villa não lhe faltou. Durante o verão de 2018, com o Villa enterrado no Championship e debaixo de graves constrangimentos financeiros, que levaram mesmo à venda do clube, o Tottenham não aceitou chegar aos 25 milhões de libras para levar Grealish para Londres. Hoje, internacional inglês e ainda para mais com a aproximação das regras relativas ao Brexit, certamente o médio do Villa vale pelo menos quatro vezes isso. E nem por isso o capitão do Aston Villa deixa de ser associado a alguns dos maiores clubes do futebol inglês. Para Alan Hutton, antigo companheiro de equipa de Grealish em Villa Park, não deve ser curto o arrependimento do Tottenham.

“Grealish tem de ser um dos melhores jogadores da Premier League neste momento. Olhas para as suas exibições e estão lá em cima ao nível dos melhores dos melhores. E não te podes esquecer que estamos a falar de um jogador do Aston Villa, que creio que irá terminar a época a meio da tabela. O que seria se jogasse por uma das grandes equipas! Consegues imaginar do que seria capaz? Vi-o jogar semana sim, semana sim e jogar ao mais alto nível quando tinha toda a pressão do Mundo nos seus ombros. É um talento extraordinário”, afirmou o antigo lateral à Ladbrokes.

“Se ele acabar por sair do Villa estamos a falar, no mínimo, de cem milhões de libras. Lembro-me há uns anos, quando o Tottenham estava interessado nele e não quiseram pagar 25 milhões. Se virmos o que é hoje Jack Grealish, imagino o arrependimento”, acrescentou.

Depois de dominar por completo o Championship, Jack Grealish vai deixando a sua marca na Premier League e logo ao serviço de uma equipa de dimensão média, sem reais aspirações a mais do que a sobrevivência. Ainda assim, o já não tão jovem atacante lidera a competição no que a passes para o último terço, duelos vencidos, toques na bola na área adversária, faltas ganhas e oportunidades de golo criadas diz respeito. Só dois jogadores na Premier League lograram mais dribles do que Jack Grealish e também só dois assistiram em mais golos de colegas do que o capitão do Aston Villa.

Jack Grealish is dominating the Premier League this season:

⬢ Most successful final ⅓ passes
⬢ Most duels won
⬢ Most touches in the opp. box
⬢ Most fouls won
⬢ Most chances created
⬡ 6 assists
⬡ 5 goals

Low socks, high output. 🧦 pic.twitter.com/4lY19g4s8U

— Squawka Football (@Squawka) December 22, 2020

Com seis assistências e cinco golos apontados até à jornada de ontem, Jack Grealish teve já participação direta em onze golos do Aston Villa esta temporada. Só sete jogadores impactaram diretamente em mais golos na competição, mas os registos do capitão do Villa são particularmente impressionantes entre as estatísticas que não são contabilizadas no placard eletrónico. Grealish leva já 38 ocasiões de golo criadas em situações de ataque posicional (dados Opta), o maior registo entre os participantes das cinco principais ligas europeias. Ao todo, são 43 as ocasiões de golo criadas por Jack Grealish em apenas 12 jogos esta temporada, registos que o colocam no caminho do recorde de oportunidades criadas na mesma temporada, estabelecido por Mesut Özil (146) em 2015/16.

With 43 in the first 12 games of the season, Jack Grealish is on track to fall just 10 shy of this record. https://t.co/Gk6BWnTRpi

— Villa Analytics (@VillaAnalytics) December 22, 2020

Os registos impressionantes de Jack Grealish esta temporada não se ficam por aqui. O capitão do Aston Villa é também o jogador com mais passes para finalização na Premier League, é de longe o jogador com mais ações efetuadas na área adversária (passe ou remate) e, também de longe, o jogador com mais corridas progressivas na competição. É que Jack Grealish não se limita a receber e passar. Bem pelo contrário. Com a bola nos pés é um dos principais condutores que o futebol atual conhece, transformando o jogo, por momentos, em dança e ballet. É, por esta altura, o jogador da Premier League que mais metros percorreu com a bola em condução. Nenhum jogador tem mais dribles na competição e só dois registam uma taxa de eficácia no drible superior à de Jack Grealish: Adama Traoré e Solly March.

O segredo de Jack Grealish pode muito bem estar no seu passado enquanto jovem jogador de futebol gaélico, quando até já era jogador de futebol nos escalões mais jovens do Aston Villa. “Como era um dos nossos melhores jogadores era o principal alvo por parte dos adversários. Há muitas semelhanças entre o facto de ser pontapeado muitas vezes ao serviço do Villa com aquilo que acontecia quando era miúdo. Acredito que o futebol gaélico o tornou mais forte, ainda por cima, porque há muito mais contacto e agressividade comparado com o futebol”, assinala um antigo treinador.

Jack Grealish devolveu glória ao Aston Villa. Retirou o histórico clube inglês da lama e devolveu-lhe grandiosidade, estilo, classe, magia e, acima de tudo, competitividade. “Tenho de admitir que pensei que Grealish iria sair do clube este verão. Acreditei que algum clube o iria perseguir. Não sei se encaixaria no Manchester United, mas sei que vários clubes estavam interessados nele. Mas reparem no impacto que teve a sua decisão de ficar no clube. Foi um autêntico ponto de viragem para que o clube pudesse crescer. Foi um autêntico statement que os donos deram, que levou a que outros jogadores fundamentais do clube, como Mings e McGinn, também renovassem. Não tenho dúvida que ajudou o clube a contratar Ross Barkley. Se Grealish não tivesse renovado com o Villa, tinha sido uma debandada. Esse é o tipo de poder que ele tem. Arrasta as pessoas com ele, no bom sentido, e eleva o nível global de toda a equipa”, assinala ainda o antigo lateral internacional pela Escócia.

O caminho para aqui chegar não foi fácil. E, ainda mais difícil, foi convencer Gareth Southgate a dar-lhe uma real oportunidade na seleção inglesa apesar de ser há vários anos um dos jogadores ingleses de maior rendimento. “Sabíamos que era um excelente jogador, mas não concordávamos com algumas avaliações exageradas que eram feitas, principalmente em comparação com os golos de Mason Grenwood, com a forma como Phil Foden surgiu a jogar após a quarentena, ou com o historial de Marcus Rashford ou Raheem Sterling. Entretanto marcou quatro golos em sete jogos, viu um ser-lhe cortado em cima da linha frente ao Leeds, outro frente ao Arsenal, tem criado imensas oportunidades… acredito que o ajudámos a subir o nível do seu jogo e a resposta dele foi brilhante. Continuo a achar que qualquer um dos anteriores são jogadores brilhantes também”, defendeu Southgate em novembro.

Tudo aquilo de que Jack Grealish precisava, na seleção, era de uma oportunidade para mostrar que não importa o nível a que jogas, a camisola e cores que vestes. Em campo, o impacto seria o mesmo. Perante uma masterclass frente à Bélgica, até Southgate se rendeu. “Penso que Grealish teve um jogo extraordinário. Perdemos muita velocidade com as ausências de Sterling e Rashford, mas nem por isso perdemos qualidade no ataque. Criámos muito mais oportunidades do que no jogo de Wembley. Vi o que acreditei que iria ver de Grealish, alguém com bravura no seu futebol. Levou a bola para espaços curtos, a sua técnica foi incrível, sabia que iria ganhar muitas faltas. Foi extraordinário, tem de estar muito orgulhoso. Não podia elogiar mais a sua exibição”, afirmou o selecionador. “Jogou com grande crença e personalidade”.

No que a Jack Grealish diz respeito, a questão nunca esteve propriamente relacionada com o futebol em si. A sua qualidade e impacto dentro de campo está à vista de todos e a capacidade para fazer a diferença e levar a equipa para a frente é indesmentível. Não. No que a Jack Grealish diz respeito, a questão sempre foi aquilo que fazia fora de campo. E foi isso que sempre jogou contra ele. Mesmo que Southgate nunca o tenha admitido diretamente, entre linhas, a ideia foi passada.

“A responsabilidade de ser um jogador da seleção inglesa tem muito peso. Quando vamos para um torneio queremos o mínimo de barulho à nossa volta. Queremos que o país se identifique com a equipa. Queremos que o país se sinta entusiasmado pela equipa, mas também orgulhoso dela. Os jogadores têm de ser bons embaixadores da seleção e do que estamos a fazer. Naturalmente olhamos para a fiabilidade e segurança que um jogador permite. E isso acontece não só com as decisões tomadas dentro de campo, mas também fora dele. Nunca vou dizer ‘esta linha não podem cruzar ou não serão chamados à seleção’ pois há muitas condicionantes a ter em conta, mas vamos sempre ter em consideração a forma como os jogadores se comportam, quão profissionais são, perspetivar como se irão portar quando estiverem 35 ou 40 dias em estágio. Temos de considerar todas essas questões”, advertiu o técnico.

Sem grande surpresa é fácil perceber que Gareth Southgate tinha Jack Grealish em mente quando proferiu tais palavras à imprensa inglesa. Se dentro de campo Grealish sempre mostrou ser um profissional inexcedível, fora dele, o capitão do Villa acumulou problemas ao longo dos anos que acabaram por toldar a imagem pública e a perceção que o Mundo tem dele. Na mais recente, há apenas alguns dias, Jack Grealish foi proibido de conduzir durante 9 meses e condenado a uma multa de quase cem mil euros devido a condução perigosa e sob o efeito de álcool. Uma testemunha afirmou mesmo em tribunal que Jack Grealish “cheirava a álcool” e “arrastava as palavras”, situação agravada pelo facto ter acontecido em plena pandemia e numa altura em que devia estar resguardado e não a participar em eventos sociais.

Essa não foi a primeira vez que Jack Grealish se meteu em problemas. O capitão do Villa acumula várias multas por condução perigosa e já em 2015 havia sido repreendido publicamente pelo treinador do Aston Villa depois de imagens dele a inalar óxido nitroso terem surgido na imprensa inglesa. E essa não foi a única vez que imagens de Jack Grealish completamente perdido de noção surgiram impressas nos quiosques britânicos. “Não podemos aceitar esse tipo de comportamento. Grealish tem uma posição de responsabilidade como jogador de futebol e vamos assegurar que nada disto volte a acontecer. Ele assegurou-me que não irá voltar a acontecer. Mas ele é um jovem e era ainda mais jovem quando as imagens foram tiradas”, afirmou então Tim Sherwood.

Certo, é que Jack Grealish não acalmou ainda, totalmente, fora de campo, mesmo que o impacto das suas desventuras pareça não se fazer sentir dentro dele. Afinal, o rapaz que afirma ver jogos de Kevin de Bruyne para se inspirar, vai suplantando o ídolo em 2020. Nem mesmo o fenómeno belga conseguiu criar mais oportunidades de golo do que o capitão do Aston Villa. Um impacto determinante e resumido na perfeição por Sam Allardyce após o recente encontro entre Villa e WBA. “Grealish é um individuo extraordinário e o Aston Villa certamente estará orgulhoso de o ter. Se o tivéssemos no nosso clube, com todo o respeito aos nossos jogadores, nunca desceríamos de divisão”.

Tags: Aston VillaJack GrealishLiga Inglesa
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