Adeptos, comentadores e até treinadores debater-se-ão neste momento com uma questão relativamente ao futebol do Benfica: por que razão a equipa começou a sofrer golos como se não houvesse amanhã? Quais são as razões desta súbita insegurança? Foi a chegada de Weigl, um médio-centro cujo empenho defensivo deixa a desejar face ao charme do seu futebol atacante? É o momento de forma de Ferro, um defesa-central a quem têm sido apontados erros atrás de erros? Ou, contrariando a “Navalha de Occam”, nenhuma das hipóteses mais simples será a correta?
William de Occam, pensador inglês do século XIV, estabeleceu um dos princípios que servem de base à filosofia reducionista, alegando que a explicação mais simples para qualquer coisa deve ser a verdadeira. Portanto, segundo a popular Navalha de Occam, deveríamos cortar de imediato as teorias mais rebuscadas e escolher, entre as duas mais simples, aquela que mais facilmente explique o fenómeno. Nesse aspeto, a manutenção da confiança em Ferro – até pela falta de uma alternativa válida neste momento – e a troca de Weigl por Florentino, no desafio com o Shakthar, que o alemão não pode jogar, por castigo da UEFA, seria uma ocasião de ouro para perceber as coisas. Se, de repente, o Benfica aparecer defensivamente seguro contra a equipa ucraniana, estabelecer-se-á que a culpa é de Weigl, que não é capaz de ser um médio-defensivo à antiga. Caso se mantenha a permeabilidade, já poderemos apontar as baterias a Ferro e à sua incompatibilidade defensiva com o futebol de subida constante de Grimaldo, o lateral mais próximo.
Sucede que, nestas coisas, sempre fui mais defensor do pensamento de Sherlock Holmes, o famoso detetive criado por Arthur Conan Doyle no final do século XIX. Dizia Holmes que “uma vez eliminadas as explicações mais prováveis, a que restar, por mais improvável que pareça, será a verdadeira”. O funcionamento de uma equipa de futebol é muito mais complexo do que a soma das suas partes. Claro que há erros individuais a ter em conta. Ora, nesse aspeto, Ferro tem somado alguns, que só não lhe custaram ainda um par de jogos no banco por falta de uma alternativa válida – Jardel está magoado e já não é aquilo que foi, Morato ainda não mostrou na equipa B argumentos capazes de justificar uma aposta consolidada e, por mais que ele fosse capaz de cumprir, chamar à posição um jogador adaptado, como Samaris, seria o mesmo que condenar Ferro a um exílio do qual ele dificilmente voltaria. Uma destruição de património, portanto.
Quanto a Weigl, a aposta no seu futebol mais “perfumado” é uma questão conceptual que, verdade seja dita, também podia ser feita com Florentino, um jogador mais semelhante ao alemão do que muitos julgam, ainda que com menos “cachet” e a fazer erguer menos cabeças no estrangeiro. Feito o investimento no alemão, cabe agora a Lage rentabilizá-lo e sofrer com o processo. De qualquer modo, seria demasiado redutor achar que uma equipa sofre mais golos por causa da contribuição do seu médio-centro. Porque no futebol moderno já não se joga com “trincos” e porque o Benfica começa a defender muito mais à frente do que o local onde costuma estar o alemão. O que leva à pergunta que devia ter sido feita no início de todo este debate. Mas o Benfica está a sofrer mais golos?
Nos dez jogos feitos em 2020, o onze comandado por Bruno Lage encaixou 12 golos. Neles, manteve a baliza inviolada em apenas três ocasiões. É mau? Claro que sim. Mas vejamos como correu nos últimos dez jogos de 2019: nove golos sofridos e as mesmas três balizas virgens. Mudança houve, sim, mas muito mais cedo na época. Nos primeiros dez jogos da época, o Benfica sofreu dois golos e manteve oito vezes a baliza a zero. Sabem o que mudou deste essa altura? Os avançados. Lembram-se do que Bruno Lage disse acerca de Seferovic e De Tomás quando eles começaram a ser contestados por falta de golo? “Quando deixarem de correr [sem bola] não têm hipóteses”. Isto é Sherlock Holmes no seu melhor.
O que esta’ a faltar e’ a gagantolice do benfas e destes gatafunhadores de jornais.
Grande Antonio sempre 5 estrelas nos comentarios .
Eu penso que o grande problema do Benfica está no sistema de jogo nós não temos um segundo avançado como o felix portanto deve se reforçar o meio campo digamos num 4,3,3 com odi na baliza o tomas a dd o grimaldo na esq o ruben e o ferro e criar 2 tampões há frente destes o weigl e florentino com o pizzi a ser o comandante da equipa na frente o rafa ext rapido e o cervi com o ponta de lança a escolher o melhor cabeceador penso que deve ser o diego sousa ira receber muitos cruzanentos das laterais e abrir muito espaço para a entrada dos medios com bom remate o weigl e o pizzi assim acho que a equipa ganha mais corpo.
No banco o samaris o tarabat o n tavares chiquinho jota svillar vinicios .
Nota o seferovic não aceita ser 2 ou 3 escolha logo fica em casa para um jogo temos que levar quem está melhor psicologicamente e fisicamente tb melhor animicamente contente o resto fica em casa .