Apesar dos campeonatos nacionais profissionais ainda não terem sido dados como anulados, o Sporting decidiu partir para férias. Uma decisão justificada hoje pelo diretor clínico do clube à Rádio Observador: “Depois da renovação do estado de emergência começámos a perceber que havia saturação a nível psicológico e optámos por férias, para poder aumentar a carga daqui a oito dias”, justificou João Pedro Araújo que considera fundamental que venha a ser realizada uma mini pré temporada caso se decida avançar com o regresso da competição.
Já Luís Neto, ao canal do clube, confessou que a presente pausa lhe está a fazer repensar os planos de carreira futuros. Terminá-la não está para breve. “Adoro jogar, treinar e competir. Há muito tempo que já sinto saudades da Academia, das pessoas, do espírito. Esta pausa deixou-me a pensar que o sentimento pode ser parecido com o do final de carreira. Ter um ou dois anos sem fazer nada. Começo a pensar que quero esticar a carreira um par de anos, porque a saudade está a invadir… Dizemos que andamos cansados, mas depois de um mês de confinamento a saudade acaba por surgir”, afirmou o defesa central.
Quem abordou a sua passagem por Alvalade foi Viviano: “Na vida tudo te ensina alguma coisa. Foi muito bom estar no Arsenal, numa grande competição. Vinha de dez temporadas como titular e pela primeira vez fui suplente. Depois tudo correu mal no Sporting. Tinham contratado o Mihajlovic, mas dez dias depois já o tinham despedido. Depois disso foram mal-entendidos atrás de mal-entendidos”, afirmou o guardião italiano ao portal Violanews.
Já pela Luz, Domingos Soares de Oliveira, administrador da SAD do Benfica, garantiu que a solidez financeira do clube permite encarar o futuro com confiança redobrada. Ainda assim, o dirigente assume que muitos investimentos terão de ser repensados. “Graças a essa preparação encaramos o futuro com uma confiança redobrada. O que não significa que não tenhamos de ter uma atitude responsável e de rever uma série de matérias, criando vários cenários, de curto e de médio prazo, a nível de investimentos, de retoma das competições e dos impactos económicos que vamos ter na época em curso e que poderemos eventualmente ainda vir a sofrer durante a época 2020/21”, afirmou ao site do clube.
Quem assumiu que talvez devesse ter ficado mais tempo no Benfica foi Renato Sanches. Ainda assim, o médio do Lille OSC não se arrepende de se ter transferido para o Bayern Munique: “Naquele momento e naquele ano em que fui para o Bayern as coisas não aconteceram como eu previa. E se calhar também havia muitas pessoas que pensavam que eu ia chegar ao Bayern e fazer o que fiz no Benfica. Se tivesse ficado no Benfica mais um ano não faria mal, de certeza, mas foi um momento: muitas pessoas dizem que foi um negócio ou pelo dinheiro, não foi. Sentia-me bem, estava a jogar muito bem, fiz um grande Euro, tive uma época muito boa no Benfica e sentia-me preparado. E fui “, afirmou em entrevista ao Canal 11.
Ontem foi dia de se saber que Rui Pinto, alegado hacker ligado ao processo Football Leaks, foi colocado em prisão domiciliária e irá agora colaborar com a justiça portuguesa. O assunto serviu de base para a reflexão ao António Tadeia no Último Passe de hoje que pode ler aqui. O António Tadeia que lançou também a terceira parte da série “Donos da Bola”, hoje focado na liga francesa. Conheça quem manda nos clubes gauleses aqui.
Luís Campos é um dos portugueses em maior evidência no futebol independentemente das funções exercidas e, por isso, acaba por não ser surpresa receber propostas para assumir cargos em clubes de maior dimensão do que o Lille OSC. Em entrevista ao Mais Futebol, no entanto, o agora diretor desportivo garante que não será fácil retirarem-no de França.
“Houve abordagens e existem abordagens para poder dar um novo rumo à minha carreira. Por respeito às pessoas que trabalham nesses clubes não vou falar em nomes, mas existiram propostas. É algo perfeitamente normal em função do que tem acontecido. Mas repito: estou muito bem onde estou, tenho uma relação extraordinária com o meu presidente, foi ele quem me convenceu a vir, as coisas têm corrido muito bem e acredito que será muito difícil sair do projeto do Lille”, afirmou abordando a carreira, a função e até que jogadores gostaria de levar de Portugal para França.
A Bundesliga prepara-se para ser a primeira grande competição a regressar à ação e já todos os clubes da primeira divisão alemã reiniciaram os treinos. Ao New York Times, o CEO da competição admite que a mesma poderá regressar já em maio. Uma decisão que tem uma base, acima de tudo, financeira: “Neste momento estamos a lutar para sobreviver. Metade das equipas da segunda divisão correm sérios riscos de ficar na bancarrota”, estimando perdas na ordem dos 800 milhões de Euros caso não se regresse à competição.
Cristian Seifert diz ainda acreditar que em termos de transferências nada mais vai ser igual, pelo menos, nos próximos tempos: “A curto prazo, diria que o mercado de transferências neste verão não vai existir: vai colapsar. Alguns agentes vão aperceber-se de repente que terão de trabalhar arduamente e algumas ligas vão perceber que o dinheiro não cai do céu todos os meses”.
Ora a mensagem parece ser dedicada à Premier League onde hoje o Southampton FC anunciou cortes nos salários do plantel principal tornando-se no primeiro clube da competição a fazê-lo. Ainda assim, a grande revelação do dia vai para Rio Ferdinand que confessou ter rejeitado uma mudança para o Barcelona em 2008. “Batemos o Barcelona e fomos campeões da Europa. Por que razão iria trocar o campeão da Europa por uma equipa que estava em fase de transição?”, explicou.
Barcelona de Messi, que hoje confessou o que sentiu quando viu Thierry Henry entrar no balneário do clube: “No primeiro dia em que ele entrou no balneário, não consegui olhar para a cara dele. Sabia tudo o que tinha feito em Inglaterra, tinha uma imagem dele e de repente estávamos na mesma equipa. Acho que o que sinto por Henry pode ser uma forma de admiração. Adorava a facilidade de Henry em terminar uma jogada, como ele seguia um caminho direto para a baliza e finalizava a jogada. Dá a impressão de que é algo natural. A carreira dele, o drible dele, a finalização dele…. é algo fluído e natural”.
Quem não quer pressas é Gianni Infantino, presidente da FIFA que defendeu que o futebol não é uma prioridade neste momento, devido à pandemia de Covid-19, e que por isso não deve haver pressa para se voltar a jogar. “A saúde está em primeiro lugar. Se há risco, não se joga. A situação é séria, vamos reiniciar quando se puder iniciar. Não vale a pena arriscar a vida das pessoas por um jogo de futebol. Jogaremos quando pudermos jogar. Não devemos fazer pressão [para voltar a jogar]. Temos de entender a situação e preparar o cenário. Quando o governo disser que se pode regressar, estaremos prontos. Não é justo para aqueles que lutam e que trabalham dizermos que queremos jogar. Pela primeira vez na nossa história de apaixonados pelo futebol, o futebol não é a prioridade. É triste, mas é assim”, afirmou nas redes sociais da instituição. Isto no dia em que a Escócia decidiu adiar o regresso à competição pelo menos até 10 de junho.
Por cá foi dia de Alverca e Marítimo confirmarem também a entrada em lay-off, enquanto o Gil Vicente anunciou a intenção de renovar com Vítor Oliveira: “É verdade que o mister ao longo da carreira assina contratos de uma época. Gere a sua carreira assim e muito, o sucesso está à vista de toda a gente. Obviamente que ao atingirmos os nossos objetivos, não seria inteligente da nossa parte não convidar o mister a continuar. Temos de reconhecer a preponderância dele esta época, o que nos deu e o que é enquanto ser humano. Fará todo o sentido convidá-lo. É algo que apontamos juntamente com o mister conversar apenas quando estiver definidos em termos matemáticos. Não vamos apontar metas pontuais, o mister é da mesma opinião. É uma conversa que vai ser realizada quando a manutenção estiver efectivada. É do interesse do Gil Vicente continuar com alguém que cumpre os seus objetivos” afirmou Tiago Lenho, diretor desportivo dos gilistas, nas redes sociais do clube.
Já Carlos Pereira, presidente do Marítimo, aproveitou a comunicação de lay-off para deixar recados à Liga: “O campeonato não será na Madeira. Será no Porto, em Lisboa ou no Algarve. Se andarmos para lá e para cá, são logo 28 dias de quarentena. Como é que nós jogamos? O que a Liga está a fazer é montar cenários, mas o único cenário que pode ser válido é o que a Direção Geral da Saúde pode emanar. O levantamento do estado de emergência e o regresso ao trabalho. Só eles é que podem”, afirmou.
“Só quando atingirmos o ‘planalto’, como a Sra. Ministra diz e iniciarmos a parte descendente da curva é que vamos poder realmente efetivar um cenário. Neste momento, a saúde pública está muito mais em causa que o desporto. Dou preferência à vida do que a qualquer jogo de futebol. Portanto, acho que não devíamos arriscar nada, até porque não sabemos quanto tempo vai durar esta quarentena”, afirmou ainda o dirigente do clube insular.