O FC Famalicão apanhou a Liga portuguesa de surpresa e ganhou seis dos primeiros sete jogos, incluindo a visita a Alvalade, frente ao Sporting, empatando o outro. Os 19 pontos que soma ao fim de sete jornadas chegar-lhe-ão para entrar como líder isolado no Dragão, no dia 27 de Outubro, quando for defrontar o FC Porto no recomeço do campeonato. Mesmo assim, perante tudo o que a equipa minhota já conseguiu – faltam-lhe dez pontos para igualar a performance de toda a época de 1993/94, a última que passou no escalão principal – há quem se espante, mas também quem desvalorize.
Na boca dos que acham tudo fácil, há os que apontam sobretudo ao facto de a equipa do FC Famalicão ser “cara”, porque está repleta de jogadores emprestados por clubes poderosos do futebol internacional, mas também os que reagem à contestação de haver ali demasiados empréstimos e aproveitam esse facto para sublinhar que tudo está montado em cima de um castelo de cartas, dificilmente sustentável. Uma coisa, porém, ninguém pode negar: é que há ali muito trabalho e valorização dos jogadores que têm feito mais vezes parte do onze-base de João Pedro Sousa. E basta ver, nas páginas, seguintes, o que eles estavam a fazer há um ano para o constatar.