O empate a zero que se verificou entre FC Porto e Manchester City acabou por deixar toda a gente satisfeita. O FC Porto porque nem precisou de esperar para saber o resultado de Marselha (e mesmo aí as coisas correram bem, porque o Olympiakos não ganhou) para festejar o apuramento para os oitavos-de-final da prova. E o City porque assegurou desde já o primeiro lugar do Grupo C, pois aos três pontos que manteve de avanço sobre os dragões junta a vantagem no confronto direto, fruto da vitória por 3-1 no desafio da primeira volta. A uma jornada do fim, o City soma 13 pontos, o FC Porto tem dez e Olympiakos e Olympique Marselha dividem o terceiro lugar com três – a última jornada servirá apenas para se perceber qual dos dois segue para a Liga Europa.
Há mais razões para o FC Porto celebrar o resultado e uma delas é a forma como, na segunda parte, viu Marchesín negar uma mão cheia de ocasiões perigosíssimas ao ataque da equipa inglesa. Foi a primeira vez que o ataque portista ficou em branco esta época – já não lhe acontecia desde a deslocação às Aves, ainda no campeonato passado – mas ao mesmo tempo a defesa manteve as redes a zero pela quarta partida consecutiva, elevando para 436 os minutos de imbatibilidade em todas as competições.
O FC Porto voltou a utilizar um sistema com cinco atrás, tal como tinha feito em Manchester, desta vez com Mbemba, Diogo Leite e Sarr como centrais a dar asas aos alas, Manafá e Zaidu. O sacrificado foi Luís Díaz, que saltou da equipa, passando a ser apenas Corona quem promovia aproximações a Marega na frente. Do outro lado, Guardiola apareceu no 4x3x3 do costume, com os três portugueses no onze (Cancelo, Rúben Dias e Bernardo Silva), mas desta vez com Bernardo na frente, juntamente com Sterling e Torres, sendo a criatividade a meio-campo assegurada por Foden.
O jogo começou com a equipa portuguesa muito encolhida atrás, maior domínio do City mas nem por isso muitas ocasiões de perigo para as duas balizas. A primeira, aliás, até pertenceu aos dragões, num cabeceamento de Diogo Leite após lançamento lateral de Zaidu, que Ederson defendeu, aos 22′. Respondeu o City aos 37′, num remate de Sterling que bateu Marchesin mas que acabou por ser travado por Zaidu em cima da linha de golo. Veja aqui como:
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QUE corte de Zaidu mesmo em cima da linha 😲 #ChampionsELEVEN pic.twitter.com/DDjD2R5ur8
A segunda parte foi mais unidirecional, com a baliza de Marchesín sempre em foco. O guarda-redes argentino teve então a chance de impressionar, com um punhado de grandes defesas. Aos 58′, após um lançamento de Foden, Sterling ganhou em velocidade a Sarr e surgiu na cara do guardião portista, apenas para o ver fazer uma mancha superior. Torres ia para a recarga com a baliza aberta, mas Mbemba foi mais rápido a chegar à bola e roubou-lhe a oportunidade.
Sérgio Conceição trocou então Corona por Díaz, abdicando do 3x5x2 em nome de um 5x4x1 em que os laterais ficavam mais atrás e Díaz fechava um corredor, deixando o outro a Otávio. Mas voltou a ser o City a ameaçar, numa perdida inacreditável de Rúben Dias, aos 64′. Rodri cruzou da direita, Sterling tocou a bola que, no entanto, parecia ir desviada da baliza e, a menos de meio metro da linha de golo, o central português tocou-a… para trás. Torres ainda emendou, em pontapé acrobático, mas aí foi Marchesín quem voltou a aparecer no caminho da bola. Veja aqui o lance:
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Guardiola chamou então ao relvado Gabriel Jesus, por troca com Torres, enquanto que também o FC Porto trocava de avançado: apareceu Evanilson em vez de Marega. Conceição trocou ainda de lateral direito, chamando Nanu para o lugar de Manafá. Mas voltou a ser Marchesín a impedir o golo aos ingleses, com uma grande defesa, aos 80′. Na segunda vaga desse lance, depois de a bola voltar ao meio-campo, Gabriel Jesus ainda marcou, mas o golo foi anulado pelo VAR devido a um fora-de-jogo no início do lance.