O Benfica ultrapassou com relativa facilidade o teste que lhe foi colocado na quarta jornada da Liga, vencendo fora o SC Braga por 4-0 e ultrapassando por um golo o FC Porto, que antes vencera o Vitória SC por 3-0. Os campeões são agora segundos na tabela, a um ponto do líder, o FC Famalicão. Um penalti de Pizzi, ainda na primeira parte, adiantou os campeões nacionais, que nos primeiros seis minutos da segunda parte ampliaram a vantagem e deixaram o jogo fora de discussão, com o bis do seu capitão e um autogolo de Bruno Viana. Um segundo autogolo, de Esgaio, à entrada do último quarto-de-hora, estabeleceu o resultado final.
Enquanto, devido a lesões, Ricardo Sá Pinto trocava três homens do onze que tinha ganho em Moscovo ao Spartak, Bruno Lage aparecia com André Almeida no onze pela primeira vez esta época e assumia Taarabt como segundo médio, em vez de Samaris. E a verdade é que o jogo foi seguindo equilibrado enquanto o SC Braga foi tendo frescura para juntar linhas em bloco médio-alto e impedir a saída de bola com qualidade ao Benfica. Isso, no entanto, não durou muito tempo – e aí a fadiga do jogo de quinta-feira deve ter-se feito sentir no comportamento dos minhotos. A partir dos 20’, quando começou a ter espaço para jogar, o Benfica passou a mandar no relvado, chegando com naturalidade à vantagem, aos 25’, num penalti de Pizzi, que veio punir um derrube imprudente de Hassan a Florentino, aos 23’. Veja aqui o primeiro golo dos campeões nacionais:
É verdade que o primeiro golo até podia ter parecido fortuito, para uma equipa do Benfica que só naquele momento estava a começar a engrenar. Mas a partir dali a equipa de Bruno Lage tomou verdadeiramente conta do jogo e podia bem ter chegado ao intervalo com uma vantagem mais dilatada, estivesse Seferovic num dia-sim. O suíço perdeu pelo menos dois golos cantados, ambos a passe de Raul de Tomás: aos 33’, depois de receber o cruzamento rasteiro do espanhol, mesmo em frente à baliza, embrulhou-se com a bola e permitiu o corte de Sequeira; e aos 44’, depois de lançado de primeira pelo parceiro de ataque e já isolado frente ao guardião adversário, tanto desviou a bola que acabou por fazer o remate passar ao
lado.
Antes disso, o SC Braga também podia ter chegado ao empate, pelo inevitável Ricardo Horta. Aos 37’, nas costas de Rúben Dias, o extremo que fez os dois golos em Moscovo recebeu no peito um belo cruzamento de Esgaio, mas acabou por ver o remate acertar em cheio no poste da baliza de Vlachodimos. O lance foi, contudo, um oásis na produção bracarense durante a primeira parte, razão pela qual Sá Pinto fez duas trocas ao intervalo, abdicando de Galeno e Hassan e fazendo entrar Murilo e Rui Fonte. Nunca se saberá se a ideia podia ter resultado, porque o Benfica chegou num ápice a 3-0. O primeiro golo, o bis de Pizzi, marca também a primeira assistência de André Almeida. O lateral direito subiu no corredor e temporizou na perfeição o cruzamento a meia altura para a entrada de Pizzi, que marcou de primeira, de pé esquerdo, logo aos 47’. Veja aqui o golo:
Quatro minutos depois chegou o terceiro. No seu habitual ataque à profundidade, Seferovic ganhou em velocidade a Lucas e, já nas costas da linha defensiva bracarense, vendo Raul de Tomás a posicionar-se na área, tentou colocar-lhe a bola para este se estrear a marcar. Quem chegou lá primeiro, contudo, foi o outro central bracarense, Bruno Viana, que cortou de carrinho para dentro da sua própria baliza. Como pode ver no vídeo:
A infelicidade dos defensores da casa viria a manifestar-se em mais um autogolo, desta vez de Esgaio, aos 73’. Já o Benfica tinha Jota em vez de De Tomás e o SC Braga trocara André Horta por Trincão quando Rafa ganhou espaço entre linhas no corredor central e lançou Jota, que cruzou de primeira. Esgaio antecipou-se a Seferovic, mas apenas para ser ele próprio a bater Mateus, sentenciando o 0-4. Veja aqui o quarto golo do Benfica:
Até final, Bruno Lage limitou-se a gerir os minutos dos seus jogadores, abdicando de Pizzi por Caio Lucas e de Seferovic por Vinicius. Ainda foi sempre o Benfica quem esteve mais perto de ampliar a marca, que no entanto não se alteraria.
Veja aqui o resumo do jogo: