O Benfica precisou do desempate por grandes penalidades para ultrapassar o Vitória SC e chegar à Final Four da Taça da Liga. Nos 90 minutos, verificou-se um empate a uma bola, com golos de Estupiñan para os vimaranenses e Pizzi, de penalti, para os donos da casa. No desempate, os encarnados não falharam nenhuma conversão, enquanto que a equipa minhota viu o remate de André Almeida acertar no poste e o de Poha ser defendido por Helton Leite. Ganharam, assim, por 4-1.
O Benfica surgiu muito lento e previsível durante a primeira parte – e não foi por Jorge Jesus apresentar uma equipa longe da mais habitualmente titular. Com Helton Leite na baliza – normal, é o guarda-redes das taças -, os encarnados mudaram apenas os laterais, com a titularidade de João Ferreira à direita e Nuno Tavares à esquerda, apresentando desta vez Weigl e Taarabt a meio-campo, com o quarteto habitual na frente. Do outro lado, em 4x3x3, mas pedindo sempre ao lateral do lado oposto ao da bola que funcionasse como uma espécie de terceiro central – baixando nessa altura o extremo – e ao ponta-de-lança que condicionasse a ação de Weigl, o Vitória SC ameaçava com três setas na frente: os extremos Edwards e Rochinha e o colombiano Estupiñan, que se estreava esta época, ao meio.
A primeira sensação de perigo no jogo até pertenceu ao Benfica, quando Darwin Nuñez chutou ao lado, depois de passe de Waldschmidt, aos 8′. Só que aos 16′ quem marcou foi o Vitória SC – foi o sexto jogo nos últimos dez em que o Benfica sofreu o primeiro golo do jogo. Edwards virou-se sobre Nuno Tavares sobre a direita do meio-campo, acelerou com a bola nos pés de forma a que nenhum dos médios aparecesse em auxílio do lateral e encarou a linha de três defesas benfiquistas em situação privilegiada. De frente para a baliza, entregou no espaço para Rochinha, que colocou ao meio, onde Estupiñan foi mais forte que Vertonghen e fez o golo. Pode ver aqui o lance:
Taarabt ainda ameaçou o guardião Trmal, aos 19′, mas a melhor ocasião a partir daí também pertenceu aos minhotos. Foi aos 31′, quando João Ferreira fez um lançamento lateral para a área, em direção a Jardel, este tentou sair a jogar mas acabou por ceder à pressão, de forma que a bola chegou a Miguel Luís, que obrigou Helton a boa defesa. Da parte do Benfica, a aridez era tanta que Jorge Jesus fez logo duas trocas ao intervalo: chamou Seferovic para o lugar de Waldschmidt e Gilberto para a vaga de João Ferreira. E, com 10′ da segunda parte sem conseguir abrir a defesa vimaranense, o Benfica trocou o médio mais recuado (Weigl) por Pizzi. O jogo estava mais rápido, mais intenso da parte dos encarnados e com muito mais dificuldades do Vitória SC para sair do seu meio-campo, mas situações de golo é que nem vê-las, razão pela qual Jesus terá chamado Pedrinho para o lugar de Rafa, aos 66′. Respondeu João Henrique com a saída de Miguel Luís, que já tinha visto amarelo, para a entrada de André Almeida.
Foi do pé esquerdo de Pedrinho que nasceu a primeira grande ocasião do Benfica para empatar: aos 69′, o brasileiro cruzou e Darwin Nuñez apareceu solto na área, mas cabeceou ao lado. A precisar de voltar a ganhar alguma fogosidade na frente, para dar ar ao setor mais recuado, o Vitória chamou Quaresma e Foster para os lugares de Edwards e Estupiñan, aos 70′. E respirou um pouco, pois voltou a conseguir chegar ao meio-campo adversário. A ponto de, aos 75′, Janvier ainda ter surgido em boa posição para obrigar Helton Leite a uma defesa apertada. Dois minutos depois, respondeu o Benfica, com uma jogada de Darwin na esquerda: cruzou atrasado, Everton simulou o remate mas deixou passar para surgir Pizzi, à entrada da área, a rematar. Trmal esteve bem e desviou para canto.
À entrada dos últimos 10 minutos, João Henriques trocou mais dois jogadores: Janvier por Poha a meio-campo e Rochinha por Maddox na frente. A ideia seria continuar a refrescar, mas saiu o tiro pela culatra, pois aos 82′ Poha atropelou Pedrinho sem bola na área e Fábio Veríssimo assinalou a correspondente grande penalidade. Na conversão, como pode ver aqui, Pizzi fez o golo do empate:
Jesus queria agora cabeça para gerir os últimos minutos e por isso trocou Taarabt por Gabriel. E aos 88′ e aos 90+4′ Darwin voltou a ver Trmal tirar-lhe o golo da vitória, na primeira vez quando respondeu de cabeça a um canto de Pizzi e na segunda quando apareceu no fim de uma insistência do ataque encarnado mas não conseguiu superar a mancha do guardião checo. O jogo seguiu, assim, para o desempate por penaltis. Everton marcou o primeiro para o Benfica, com um remate ao meio da baliza. André Almeida acertou no poste no primeiro penalti vimaranense. Pizzi repetiu a cobrança com saltinho e voltou a bater Trmal para o 2-0. Pepelu, de seguida, reduziu para 2-1 com um remate forte ao ângulo superior. Gabriel não vacilou e obteve o 3-1 para o Benfica. Poha, que já tinha estado na origem do empate do Benfica, fazendo o penalti, permitiu de seguida a defesa a Helton Leite, o que deixou a Seferovic a possibilidade de resolver a eliminatória no penalti seguinte. O suíço não falhou e o Benfica seguiu para a Final Four.
Pode ver aqui o resumo do jogo:
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